Especial Raças - Destaque do mês: Brasileiro de Hipismo

Enio conta que o que motivou o início do processo de criação, foi que, apesar do Brasil ter o terceiro maior rebanho de equinos do mundo, até então não havia cavalos voltados diretamente ao esporte hípico.
"Naquela época, os cavalos de hipismo eram o refugo dos jockeys ou, então, importados da Argentina, Uruguai e Chile", comenta o idealizador da raça.
A raça, dotada de agilidade, força e coragem, é o resultado de uma criteriosa seleção praticada no decorrer dos últimos 30 anos.

Sangues de renomados cavalos como Almé, Landgraf I, Cor de la Bryere, Furioso II, Cottage Son, Grande, Pilatus e Ramsés formam a raça Brasileira de Hipismo, tornando-a forte, flexível, inteligente e com uma perfeita técnica de salto.
O constante desenvolvimento da raça, principalmente devido à rigorosa aprovação de garanhões e éguas a partir dos 3 anos, vem firmando-a nacionalmente e tem despertado o interesse de técnicos alemães, americanos e franceses, que classificam o cavalo Brasileiro de Hipismo entre as melhores raças do mundo.
Atualmente, alguns garanhões BH se posicionam em igualdade ao lado dos importados. Enio Monte destaca o sucesso do cruzamento e acredita ter alçando sua meta primordial: "Hoje o sonho tornou-se realidade e temos no Brasil uma criação de cavalos de hipismo de nível internacional, o que era nosso objetivo".
Trazendo em seu DNA as melhores linhagens de cavalos esportistas do mundo, o BH recebe um grande incentivo da ABCCH – Associação Brasileira de Criadores do Cavalo de Hipismo – fundada em 1977 com a finalidade de criar um moderno cavalo de esportes.

Demonstrando seriedade na estrutura técnica e divulgação da raça, a ABCCH mantém o Stud Book sob rígido controle de éguas e garanhões e assegura a superioridade da categoria do BH. A dedicação é refletida nas pistas com o exemplo de grandes expoentes da raça.
O êxito nas provas de Salto começou em 1984 com MC Alpes Itapuã, primeiro cavalo da raça Brasileira de Hipismo a participar de uma Olimpíada, em Los Angeles, comandado pelo cavaleiro Marcelo Blessman.
Entre os inesquecíveis destaques, estão Calei Joter, CS Aspen e Cassiana Joter, medalhistas olímpicos nas provas de Salto em Atlanta 1996 e Sidney 2000 (com o animal Marco Método na equipe colombiana).

No Adestramento, Imirim Itapuã fez parte das equipes que venceram o FEI Samsung International Dressage Competition em 1996 e o Sul-americano de 1997, juntamente com outro exemplo da raça, Jacareí Itapuã.
O castanho Bordeaux (ex-Médium SA) defendeu a bandeira brasileira nas provas de Adestramento Clássico dos Jogos Pan-americanos de Winnipeg 1999 e Santo Domingo 2003.

O cavalo BH é de grande porte, com média de altura de 1.66m e peso de 550kg. Seus olhos são vivos e possui orelhas atentas. Sua cabeça é leve, seca, de perfil reto ou subconvexo.
Seu pescoço tem base ampla e bem destacado do peito e espáduas.

A garupa semi-oblíqua e arredondada, o tórax profundo e elíptico, assim como o peito amplo e bem musculado, realçam a elegância da raça.
Devido aos membros fortes e bem aprumados, joelhos e curvilhões baixos, seus movimentos são elásticos, elevados e de grande impulsão, fatores que refletem diretamente em sua habilidade para saltos.
São características do cavalo Brasileiro de Hipismo o bom caráter, temperamento enérgico e a disposição para o trabalho.
Para saber mais sobre o BH, acesse o site www.brasileirodehipismo.com.br
Conheça o cavalo Brasileiro de Hipismo com Dr. João Ribeiro Parte 1
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Fonte: Revista "Mundo Equestre"
Texto: Bethina Perussolo
Colaboração: Enio Monte – Haras Itapuã
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