quinta-feira, 22 de novembro de 2012

23 de Novembro, aniversário da Cidade Heroica...


Jaguarão/RS

Jaguarão é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul.
Localizado no extremo sul do país e fronteiriço ao Uruguai, o município é vista pelo governo federal como alternativa de travessia internacional pelo rio Jaguarão. Em 25 de março de 2009, o Senado aprovou a construção de uma ponte, em acordo com o país vizinho, assinado em 2007. A ligação acontecerá com a cidade uruguaia de Rio Branco.[6] Foi também onde ocorreu, na Guerra do Uruguai, a Batalha do Jaguarão.
O começo de Jaguarão remonta a 1802 com um acampamento militar fundado às margens do Rio Jaguarão pelo tenente-coronel Manuel Marques de Sousa. Em 1777, com o Tratado de Santo Ildefonso, o município de Jaguarão ficava em terrasespanholas. A primeira vila que começou a se formar a partir de 1751 no Rio Grande do Sul foi Rio Grande que, com a invasão dos espanhóis em 1763, transferiu sua sede de governo para Viamão.
Com Dom João VI no Brasil, em 1808 e 1809, são criados definitivamente os municípios de Porto AlegreRio GrandeRio Pardo e Santo Antônio da PatrulhaCachoeira do Sul, vizinha de Rio Pardo, foi criada dez anos mais tarde. Em dezembro de1830 criaram-se Pelotas e Piratini e em outubro de 1831AlegreteCaçapava do SulSão José do Norte e Triunfo.

Jaguarão foi elevada a vila em 6 de julho de 1832, sendo o 12º município do estado. Situa-se na parte meridional do estado, na fronteira com a cidade de Rio Branco no Uruguai, às margens do Rio Jaguarão, que nasce na região montanhosa perto do município de Pinheiro Machado e corre aproximadamente em direção norte-sul até atingir as alturas de Aceguá, voltando-se depois para noroeste-sudeste, marcando a partir desta parte o limite entre as faixas centro-sul do estado e centro-oriental do Uruguai. Passa entre Rio Branco e o município de Jaguarão e deságua na Lagoa Mirim. Seu curso é de aproximadamente 270 quilômetros.
Uma das principais causas da criação de Jaguarão, foi a falta de acesso à justiça do então vila do Espírito Santo do Serrito no Jaguarão. Mesmo elevado a vila em outubro de 1832, o município propriamente dito demorou a se instalar. Em 22 de Maio de1833 o município de Jaguarão desmembrou-se de Rio Grande e deu posse aos seus primeiros vereadores.


O município é conhecido por suas belas portas e está conservada e preservada por seus habitantes, exceto a Enfermaria Militar. Os exemplos de Arquitetura Eclética do centro da cidade datam de 1876 e de 1920, com frisos e marquises, e portas em estilo artesanal português.
Hoje a Estação Férrea de Jaguarão pertence a loja Maçônica General Osório 140 (Grande Loja), e esta em fase de restauração com grande parte concluída.
Em 2010, o novo prédio da Unipampa foi fundado, para melhor atender aos alunos.

terça-feira, 20 de novembro de 2012


Dia da Consciência Negra

História do Dia da Consciência Negra, cultura afro-brasileira, importância da data, quem foi Zumbi dos Palmares, 20 de novembro
dia da consciência negra
Zumbi dos Palmares: um herói brasileiro


História do Dia Nacional da Consciência Negra
Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.

Importância da DataA criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira. 
A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão. 
Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados hérois nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos, que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.

A atual bandeira do Brasil foi inspirada na bandeira do período imperial
A atual bandeira do Brasil foi inspirada na bandeira do período imperial
No dia 19 de novembro comemora-se o Dia da Bandeira do Brasil, essa comemoração passou a fazer parte da história do país após a Proclamação da República, no ano de 1889. Com o fim do período Imperial (1822-1889), a bandeira desenhada por Jean Baptiste Debret, que representava o império, foi substituída pelo desenho de Décio Vilares.
A substituição da bandeira imperial por uma bandeira republicana representa as mudanças que o Brasil passava naquele momento: mudanças na forma de governo e de governar, do regime imperial para uma república federativa. Além disso, a nova bandeira representava a simbologia que estava agregada ao republicanismo, como a ideia de um Estado-nação, o patriotismo e o surgimento do sentimento nacionalista, ou seja, a construção identitária do povo brasileiro, a identidade nacional.
As bandeiras não são restritas a serem simbologias somente do Estado-nação, ou de algum país, mas existem bandeiras que representam diversas regiões que integram o país e diferentes instituições e esferas sociais. Existem bandeiras que simbolizam times de futebol, torcidas organizadas, cidades, Estados, instituições religiosas e governamentais como cidades, exército, além das instituições comerciais, bandeira de uma empresa.  
Temos notícias de que as primeiras bandeiras foram visualizadas na antiguidade, eram utilizadas nos exércitos como meio de reconhecimento entre os diversos soldados. Atualmente, no mundo contemporâneo, todo Estado-nação possui uma bandeira nacional que representa e dá unidade à nação, ou seja, unifica diferentes povos. Dessa maneira, a instituição da comemoração do dia da bandeira acrescentou mais um elemento simbólico na construção da identidade nacional.
Leandro Carvalho
Mestre em História

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Remorso de Castrador



Remorsos de Castrador
Autoria: Jayme Caetano Braun


Um pealo - um tombo - grunhidos
de impotente rebeldia,
o sangue da cirurgia
No laço e no maneador.
Nada pra tapear a dor
do potro que --- sem saber,
perdeu a razão de ser
na faca do castrador.

Há um bárbara eficiência
nessa rude medicina,
a faca é limpa na crina
que alvoroçada revoa,
pouco interessa que doa,
a dor faz parte da vida.
Há de sarar em seguida,
desde guri tem mão boa.

Aprendeu --- nem sabe como,
a estancar uma sangria.
Sem noções de anatomia
é um cirurgião instintivo
que --- por vezes --- pensativo,
afundou na realidade
da crua barbaridade
desse ritual primitivo.

Já faz tempo --- muito tempo,
que um dia --- na falta doutro,
castrou seu primeiro potro,
um zaino negro tapado.
Que pena vê-lo castrado,
o entreperna coloreando
e os olhos recriminando,
num protesto amargurado.

Depois do zaino --- um tordilho,
depois --- baios e gateados,
um por um sacrificados
pela faca carneadeira
e o rude altar da mangueira
a pedir mais sacrifícios
dos bravos fletes patrícios,
titãs de campo e fronteira.

Por muitos e muitos anos
andou nos galpões do pampa,
castrando pingos de estampa
com renomada experiência,
cavalos reis de querência,
parelheiros afamados,
pela faca condenados
a morrer sem descendência.

Às vezes, durante a noite,
um pesadelo o volteia
e o remorso paleteia.
Castrador!... que judiaria!
E quando sem serventia
por aí deixar semente
no mundo onde há tanta gente
pedindo essa cirurgia.

E ali está --- defronte ao rancho,
pastando o mouro do arreio,
pingo de campo e rodeio
que castrou --- quando potrilho.
O mouro --- mesmo que filho
do xirú velho campeiro,
o último companheiro
do seu viver andarilho.

Na primavera --- outro dia,
um potranca lazona,
linda como temporona,
vestida em pelagem de ouro,
veio se esfregar no mouro,
mordiscando pelo e crina,
mais amorosa que china
num princípio de namoro!

E o mouro? --- pobre do mouro!
Não pode ter namorada.
Veio, direto à ramada,
numa agonia sem fim,
olhando pro dono, assim,
num bárbaro desespero,
como dizendo: parceiro,
vê o que fizeste de mim!!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012





Ontem, olhei a mini serie  a CASA DAS SETE MULHERES, onde fiquei curiosa em saber o significado do lenço BRANCO (chimango) e o VERMELHO(maragato),  aqui vai um breve resumo que achei no blog http://radiopampeana2.blogspot.com.br


Maragato e Chimango



Origem dos Termos Chimangos e Maragatos 
História do Rio Grande do Sul
Telmo Remião Moure
Editora FTD S.A.

MARAGATO

O termo tinha uma conotação pejorativa atribuída pelos legalistas aos revoltosos liderados por Gaspar Silveira Martins, que deixaram o exílio, no Uruguai, e entraram no RS à frente de um exército.

Como o exílio havia ocorrido em região do Uruguai colonizada por pessoas originárias da Maragateria (na Espanha), os republicanos apelidaram-nos de "maragatos", buscando caracterizar uma identidade "estrangeira" aos federalistas.

Com o tempo, o termo perdeu a conotação pejorativa e assumiu significado positivo, aceito e defendido pelos federalistas e seus sucessores políticos.

O lenço VERMELHO identificava o maragato.



CHIMANGO

A grafia pode ser ximango. Ave de rapina, falconídea, semelhante ao carcará.

Epíteto depreciativo dado aos liberais moderados pelos conservadores, no início da Monarquia brasileira. No RS, nos anos de 1920, foi a alcunha dada pelos federalistas ao governistas do PRR.

O lenço de cor BRANCA identificava os chimangos.

Dicionário de Regionalismos do Rio Grande do Sul
Zeno Cardoso Nunes
Rui Cardoso Nunes

MARAGATO

Denominação dada ao revolucionário ou partidário da revolução rio-grandense de 1893, adepto do credo político pregado por Gaspar da Silveira Martins e adversário do partido então dominante, chefiado por Júlio Prates de Castilhos. || Revolucionário ou partidário da revolução rio-grandense de 1923, adepto do partido liderado por Joaquim Francisco de Assis Brasil e contrário a Antônio Augusto Borges de Medeiros, governador do Estado. || Federalista.

"Na província de León, Espanha, existe uma comarca denominada Maragateria, cujos habitantes têm o nome de maragatos, e, que, segundo alguns, é um povo de costumes condenáveis; pois, vivendo a vagabundear de um ponto a outro, com cargueiros, vendendo e comprando roubos e por sua vez roubando principalmente animais; são uma espécie de ciganos.

Aos naturais da cidade de São José, no Estado Oriental do Uruguai, dão neste país o nome de maragatos, talvez porque os seus primeiros habitantes fossem descendentes de maragatos espanhóis. Pelo fato de os rebeldes em suas excursões irem levantando e conduzindo todos os animais que encontravam, tendo apenas bagagens ligeiras, cargueiros, etc. Como os da Maragateria e porque (com exceções) suspendiam com o que encontravam em suas correrias, aplicou-se-lhes aquela denominação, que aliás eles retribuíram com outras não menos delicadas aos republicanos, a despeito da correção em geral observada por estes em toda a luta." (Romaguera).

"Ainda hoje (l 897), que 11 séculos são decorridos, os maragatos constituem um nódulo distinto no meio da população lionesa. São ainda os bérberes antigos: usam a cabeça raspada, com uma mecha de cabelo na parte posterior; falam uma linguagem que não é bem castelhana, a qual apresenta uma pronúncia arrastada, dura e lenta, e são geralmente arredios." (Oliveira Martins, apud Vocabulo Sul-RioGrandense, P.A., Globo, 1964, p. 289).

"Trouxera consigo, além do irmão Aparício, um grupo de maragatos do Departamento de S. José, nome por que eram conhecidos os imigrantes de certa região da Espanha, e, que, pelo prestígio do chefe, se extendeu a todos os rebeldes da Revolução Federalista e até, posteriormente, a qualquer adversário da situação castilhista do Rio Grande." (Arthur Ferreira Filho, Revoluções e Caudilhos, 2a ed., Passo Fundo, p. 34).

"J. F. de Assis Brasil, o velho líder político maragato, lança "A Atitude do Partido Democrático Nacional na Crise da Sucesso Presidencial do Brasil", um trabalho que merece ser lido e meditado" (Pedro Leite Villas-Bôas, Um Quarto de Século de Literatura Rio-Grandense - 1929-1954", in Revista da Academia Rio-Grandense de Letras, n9 I, P.A., 1980, p. 125).

"Velho tropeiro Vicente,
que amas tuas origens . .
fibra de velhas raizes,
em solo duro e ingrato.
Teimoso remanescente
duma raça em extinção . . .
És caudilho maragato
sem armas nem munição,
peleando valentemente
na defesa deste chão!"
(Cardo Bravo, Rebeldia, poema).

CHIMANGO

Alcunha dada no Rio Grande do Sul aos partidários do governo na revolução de 1923|| Ave de rapina muito comum na campanha riograndense, parecida com o carcará, porém menor do que este.

Créditos: Página do Gaúcho

Culinária Gaucha



 PASTÉIS DE BAGO DE TOURO

Ingredientes:

- 02 Kg de bago de touro; 03 cebolas;06 dentes de alho; folhas de manjerona;01 xícara de azeitonas sem caroço; 01 molho de tempero verde; 04 ovos cozidos e massa de pastel ou pastelina.

Preparação:
Cozinhar os bagos em água com sal. Retirar as peles e cortar em guisado miúdo. Picar bem as cebolas, o alho, os tomates, os ovos cozidos e o tempero verde. Fritar em banha de porco as cebolas, o alho e os tomates. Quando estiverem fritos, juntar o guisado dos bagos, mexendo de vez em quando. Ao chegarem “ao ponto”, coloque o tempero verde e os ovos cozidos picados, misture bem e abafe por cinco minutos. Para montar o pastel, use massa caseira. Ponha uma colher de sopa de guisado em cada pastel e junte um pouquinho de azeitona. Para saber quando a banha está no ponto, coloque um palito de fósforo na frigideira. Quando este acender, a gordura está no ponto. Para não queimar, ponta uma rolha dentro da banha. Não faça o pastel grande. O tamanho ideal é exatamente o da pastelina.


      
Os DEZ mandamentos Do MATE 
 1º - Não peças açúcar no mate.
2º - Não digas que o chimarrão é anti-higiênico.
3º - Não digas que o mate está quente demais.
4º - Não deixes um mate pela metade.
5º - Não te envergonhes do ronco do mate.
6º - Não mexas na bomba.
7º - Não alteres a ordem em que o mate é sorvido.
8º - Não durmas com a cuia na mão.
9º - Não condenes o dono da casa por tomar o primeiro mate.
10º - Não digas que o chimarrão dá câncer na garganta.

  Algumas Diretrizes 
 O primeiro mate é dos pintos .  - como o gaúcho atira fora os primeiros sorvos de mate, serão os pintos os aproveitadores das partículas de erva cuspidas.
O mate pra o estribo ou O mate o mate do estribo . O último mate com que se brinda um visitante, quando ele já está “com pé no estribo”, ou seja, pronto para partir.
 

Como o mate do João Cardoso . Emprega-se para designar um fato que nunca se realiza, uma promessa que nunca se cumpre.
 

Como o mate das senhoras Morais . Idêntico significado da frase anterior. As senhoras Morais, residente na povoação de Basílio, no município de Herval, quando recebiam visitas passavam a tarde inteira perguntando se os amigos queriam mate doce ou chimarrão, com erva paraguaia ou brasileira, em cuia de porcelana ou porongo... para, no final, nada oferecerem.
 

Toma mais um mate. Não te vás, é cedo ainda.
Aquentar a água pra outro tomar mate. Preparar um negócio para outro pessoa colher os lucros. Emprega-se de modo especial para designar um namorado que “prepara uma moça para depois outro casar com ela...
 

A “erva”. O dinheiro.
Ele se encheu de “erva”. Ele ganhou muito dinheiro. Talvez um vestígio do tempo em que a erva supria a ausência de moedas sonantes.
Nem pra erva. No último grau de pobreza. Sem dinheiro se quer para comprar o artigo de primeiríssima necessidade quotidiana, que é a erva-mate.
 
   
 



 
   
BIBLIOGRAFIA
   
 FAGUNDES , Glênio - Cevando o Mate
LESSA , Luiz Carlos Barbosa - História do Chimarrão
TUBINO, Wilson - Os Mistérios Ocultos do Chimarrão
TEIXEIRA , Luiz Rotilli - A Importância Social do Chimarrão
BERKAI, Dorival e BRAGA, Clóvis Airton - 500 Anos de História de Erva-mate
RIBEIRO , Paula Simon - Folclore: Aplicação Pedagógica
FAGUNDES, Antonio Augusto - Curso de Tradicionalismo Gaúcho
 
 
RECIPIENTES PARA ÁGUA
CALDEIRA: recipiente grande, muito utilizada para aquecer grande quantidade de água, para diversas finalidades. é mais bojuda que o jarro, não possui tampa nem bico tubular. Os fogões à lenha possuem um recipiente chamado caldeira, que tem a mesma função da caldeira, semelhante ao jarro .
CHALEIRA GRANDE: de uso semelhante ao da caldeira. É muito encontrada nas cozinhas da campanha, nos fogões de barro e nos galpões e nos braseiros do fogo de chão. Por ser muito grande, seu manejo é incômodo.
CHALEIRA MÉDIA: Também conhecida por pava. Devido ao seu tamanho, é a mais usada, quer para aquecer a água, quanto para servir o mate.
  Chaleira
CHALEIRA PRETA DE FERRO: varia muito de tamanho e forma mas é o tipo mais comum. Com o uso, chega a criar uma crosta de picumã, que não deve ser removida, pois pode furar com facilidade.
CAMBONA PRIMITIVA: estas cambonas vinham da Inglaterra, com chá-da-índia. Eram feitas de cobre e possuíam a parte de baixo arredondada e sua alça era deita de arame ou de lata. Serviam para preparar alimentos, aquecer água. Tem um refrão popular, que muito bem traduz o quanto à cambona é desajeitada, virando com muita facilidade, que é: “Cambona em cima de tição, tomarás mate ou não!”
CAMBONA: pode ser feita de qualquer lata, pois sua finalidade é única e exclusivamente a de aquecer água, sem precisar de muito fogo. Sua confecção é simples, basta Um pedaço de arame passado várias vezes junto ao local da lata, deixando Um rabicho para pegar e está pronta a cambona. Alguns preferem improvisar um rabicho de arame na parte de cima ou uma alça de arame, prendendo em cima e em baixo da lata e ainda enfiam no rabicho ou na alça, um pedaço de osso de canela do gado, para evitar o calor ao pegar. A picumã, que adere à cambona, não deve ser retirado, pois enfraquece o recipiente.
Cambona
CAMBONA PRIMITIVA

CHICOLATEIRA: A chicolateira é um recipiente usado nos fogões campeiros, para aquecer a água. Ela difere da cambona, uma vez que possui alça, tampa e um pequeno bico. É um utensílio que requer algum acabamento. È muito usada, não só nos galpões e cozinhas campeiras, como também por carreteiros e tropeiros. O termo chicolateira é uma corruptela de chocolateira.
Chicolateira
 
 PARTES DO MATE 
 Partes
a – Topete, respiro, morrete, cerro, barranco, crista (fica à esquerda da bomba).
b – Bomba, bombilha. Se ficar a esquerda do topete, é mate de canhoto.
c – Beiço, boca.
d – Pescoço (na cuia de beiço).
e – Cuia, mate, porongo.
f – Umbigo, cabo, bico.
 
    
 TIPOS DE BOMBA  
 Bombas1 - tacuapi primitivo
2 - tacuapi missioneiro
3 - bomba de mola  
 
    
 PARTES DA BOMBA  
 Partes1 – Bico, bocal, chupeta, boquilha.
 

2 – Anel, pitanga, botão de rosa, resfriador, passador.

3 – Haste, corpo de bomba.

4 – Coador, ralo, patilha, colher, bojo, coco, apartador.
 
  

A LENDA DA ERVA MATE
Lenda
       Contam que um guerreiro guarani, que pela velhice não podia mais sair para as guerras, nem para a caça e pesca, porque suas pernas trôpegas não mais o levavam, vivia triste em sua cabana. Era cuidado por sua filha, uma bela índia chamada Yari, que o tratava com imenso carinho, conservando - se solteira, para melhor se dedicar ao pai.
         Um dia, o velho guerreiro e sua filha receberam a visita de um viajante, que foi muito bem tratado por eles. À noite, a bela jovem cantou um canto suave e triste para que o visitante adormecesse e tivesse um bom descanso e o melhor dos sonos.
         Ao amanhecer, antes de recomeçar a caminhada, o viajante confessou ser enviado de Tupã, e para retribuir o bom trato recebido, perguntou aos seus hospedeiros o que eles desejavam, e que qualquer pedido seria atendido, fosse qual fosse.
         O velho guerreiro, lembrando que a filha, por amor a ele, para melhor cuidá-lo, não se casava apesar de muito bonita e disputada pelos jovens guerreiros da tribo, pediu algo que lhe devolvesse as forças, para que Yari, livre de seu encargo afetivo, pudesse casar.
      O mensageiro de Tupã entregou ao velho um galho de árvores de Caá e ensinou a preparar a infusão, que lhe devolveria as forças e o vigor, e transformou Yari em deusa dos ervais, protetora da raça guarani.
       A jovem passou a chamar-se Caá-Yari, a deusa da erva-mate, e a erva passou a ser usada por todos os componentes da tribo, que se tornaram mais fortes, valentes e alegres.
  

CHIMARRÃO É RICO EM POESIA
       Antigamente, Quando os namoros eram de longe, através de troca de olhares, os apaixonados utilizavam o mate como meio de comunicação e, de acordo com o que era posto na cuia, a mensagem era recebida e interpretada. Ao longo de sua história, o chimarrão é utilizado como veículo sutil de comunicação com objetivos sentimentais.
       Atualmente, os costumes mudaram, mas o hábito do chimarrão permanece cada vez mais forte, caracterizando o povo gaúcho.

SIGNIFICADO DOS MATES
* Mate com açúcar: quero a tua amizade
* Mate com açúcar queimado: és simpático
* Mate com canela: só penso em ti
* Mate com casca de laranja: vem buscar-me
* Mate com mel: quero casar contigo
* Mate frio: desprezo-te
* Mate lavado: vai tomar mate em outra casa
* Mate enchido pelo bico da bomba: vás embora
* Mate muito amargo (redomão): chegaste tarde, já tenho outro amor
* Mate com sal: não apareças mais aqui
* Mate muito longo: a erva está acabando
* Mate curto: pode prosear a vontade
* Mate servido com a mão esquerda: você não é bem vindo
* Mate doce: simpatia



O Chimarrão é um legado do índio Guarani.
       Sempre presente no dia-a-dia, o chimarrão constituiu-se na bebida típica do Rio Grande do Sul, ou seja, na tradição representativa do nosso pago. Também conhecido como mate amargo, como bebida preferida pelo gaúcho, constitui-se no símbolo da hospitalidade e da amizade do gaúcho. É o mate cevado sem açúcar, preparado em uma cuia e sorvido através de uma bomba. É a bebida proveniente da infusão da erva-mate, planta nativa das matas sul-americanas, inclusive no Rio Grande do Sul.

           O homem branco, ao chegar no pago gaúcho, encontrou o índio guarani tomando o CAA, em porongo, sorvendo o CAÁ-Y, através do TACUAPI.  
       Podemos dizer, que o chimarrão é a inspiração do aconchego, é o espírito democrático, é o costume que, de mão – em - mão, mantém acesa a chama da tradição e do afeto, que habita os ranchos, os galpões dos mais longínquos rincões do pago do sul, chegando a ser o maior veículo de comunicação.
       O mate é a voz quíchua, que designa a cuia, isto é, o recipiente para a infusão do mate. Atualmente, por extensão passou a designar o conjunto da cuia, erva-mate e bomba, isto é, o mate pronto.
       O homem do campo passou o hábito para a cidade, até consagrá-lo regional. O Chimarrão é um hábito, uma tradição, uma espécie de resistência cultural espontânea.

       Os avios ou os apetrechos do mate constituem o conjunto de utensílios usados para fazer o mate. Os avios do mate são fundamentalmente a cuia e a bomba.
A CUIA NOVA
             Quando a cuia é nova, é necessário curti-la antes de começar a matear. Para tal, é necessário enchê-la de erva-mate pura ou ainda misturada com cinza vegetal e água quente, que deve permanecer de dois a três dias, mantendo a umidade, para que fique bem curtida, impregnando o gosto da erva em suas paredes. O uso da cinza é para dar maior resistência ao porongo. Após o tempo determinado, retira-se a erva da cuia e, com uma colher, raspa-se bem o porongo, para retirar alguns baraços que tenham ficado.

VOCABULÁRIO
Caá = erva-mate
Caá-y = bebida do mate = chimarrão
Tacuapi= bomba primitiva, feita de taquara pelos índios guaranis.

O MATE E A SUA INTIMIDADE
       O ato de preparar um mate diz-se: “cevar um mate” ou “fechar um mate”, ou “fazer um mate” ou ainda ”enfrenar um mate”. A palavra amargo é muito usada em lugar de mate ou chimarrão. O convite para tomar um mate é feito das seguintes formas:
Vamos matear?
Vamos gervear?
Vamos chimarrear?
Vamos verdear?
Vamos amarguear?
Vamos apertar um mate?
Vamos tomar um chimarrão?
Vamos tomar mate ou um mate
Que tal um mate?

EM RELAÇÃO A COMPANHIA, O MATE PODE SER TOMADO DE TRÊS MANEIRAS
MATE SOLITO : quando não precisa de estímulo maior para matear, a não ser a sua própria vontade. É o verdadeiro mateador.
MATE DE PARCERIA : quando se espera por um ou mais companheiros para matear a fim de motivar o mate, pois não gosta de matear sozinho.
RODA DE MATE: é na roda de mate, que esta tradição assume seu apogeu, agrupando pessoas sem distinção de raça, credo, cor ou posse material. Irmanados num clima de respeito, o mate integra gerações numa trança de usos e costumes, que floresce na intimidade gaúcha.

Lendas do Rio Grande


A Mboitatá



(J. Simões Lopes Neto)
A Andrade Neves Neto
Foi assim:

Num tempo muito antigo, muito, houve uma noite tão comprida que pareceu que nunca mais haveria luz do dia.
Noite escura como breu, sem lume no céu, sem vento, sem serenada e sem rumores,sem cheiro dos pastos maduros nem das flores da mataria.
Os homens viveram abichornados, na tristeza dura; e porque churrasco não havia,não mais sopravam labaredas nos fogões e passavam comendo canjica insossa; os borralhos estavam se apagando e era preciso poupar os tições...
Os olhos andavam tão enfarados da noite, que ficavam parados, horas e horas,olhando, sem ver as brasas vermelhas do nhanduvai... as brasas somente, porque as faíscas, que alegram, não saltavam, por falta do sopro forte de bocas contentes.
Naquela escuridão fechada nenhum tapejara seria capaz de cruzar pelos trilhos do campo, nenhum flete crioulo teria faro nem ouvido nem vista para bater na querência; até nem sorro daria no seu próprio rastro!
E a noite velha ia andando... ia andando...
Minto:
no meio do escuro e do silêncio morto, de vez em quando, ora duma banda ora doutra, de vez em quando uma cantiga forte, de bicho vivente, furava o ar: era o téu-téu ativo, que não dormia desde o entrar do último sol e que vigiava sempre, esperando a volta do sol novo, que devia vir e que tardava tanto já...
Só o téu-téu de vez em quando cantava; o seu - quero-quero! - tão claro,vindo de lá do fundo da escuridão, ia agüentando a esperança dos homens,amontoados no redor avermelhado das brasas.
Fora disto, tudo o mais era silêncio; e de movimento, então, nem nada.
Minto: na última tarde em que houve sol, quando o sol ia descambando para o outro lado das coxilhas, rumo do minuano, e de onde sobe a estrela-d’alva, nessa última tarde também desabou uma chuvarada tremenda; foi uma manga d’água que levou um tempão a cair, e durou... e durou...
Os campos foram inundados; as lagoas subiram e se largaram em fitas coleando pelos tacuruzais e banhados, que se juntaram, todos, num: os passos cresceram e todo aquele peso d’água correu para as sangas e das sangas para os arroios,que ficaram bufando, campo fora, campo fora, afogando as canhadas, batendo no lombo das coxilhas. E nessas coroas é que ficou sendo o paradouro da animalada,tudo misturado, no assombro. E era terneiros e pumas, tourada e potrilhos,perdizes e guaraxains, tudo amigo, de puro medo. E então!...
Nas copas dos butiás vinham encostar-se bolos de formigas; as cobras se enroscavam na enrediça dos aguapés; e nas estivas do santa-fé e das tiriricas boiavam os ratões e outros miúdos.
E, como a água encheu todas as tocas, entrou também na cobra-grande, a -boiguaçu - que, havia já muitas mãos de luas, dormia quieta, entanguida. Ela então acordou-se e saiu, rabeando.
Começou depois a mortandade dos bichos e a boiguaçu pegou a comer as carniças.Mas só comia os olhos e nada, nada mais.
A água foi baixando, a carniça foi cada vez engrossando, e a cada hora mais olhos a cobra-grande comia.
Cada bicho guarda no corpo o sumo do que comeu.
A tambeira que só come trevo maduro, dá no leite o cheiro doce do milho verde;o cerdo que come carne de bagual nem vinte alqueires de mandioca o limpam bem; eo socó tristonho e o biguá matreiro até no sangue tem cheiro de pescado.Assim também, nos homens, que até sem comer nada, dão nos olhos a cor de seus arrancos. O homem de olhos limpos é guapo e mão-aberta; cuidado com os vermelhos; mais cuidado com os amarelos; e, toma tenência doble com os raia dose baços!...
Assim foi também, mas doutro jeito, com a boiguaçu, que tantos olhos comeu.
Todos - tantos, tantos! que a cobra-grande comeu -, guardavam, entranhado eluzindo, um rastilho da última luz que eles viram do último sol, antes da noite grande que caiu... E os olhos - tantos, tantos! - com um pingo de luz cada um, foram sendo devorados; no princípio um punhado, ao depois uma porção,depois um bocadão, depois, como uma braçada.
E vai,como a boiguaçu não tinha pêlos como o boi, nem escamas como o dourado, nem penas como o avestruz, nem casca como o tatu, nem couro grosso como a anta, vai,o seu corpo foi ficando transparente, transparente, clareado pelos miles de luzezinhas, dos tantos olhos que foram esmagados dentro dele, deixando cada qual sua pequena réstia de luz. E vai, afinal, a boiguaçu toda já era uma luzerna,um clarão sem chamas, já era um fogaréu azulado, de luz amarela e triste efria, saída dos olhos, que fora guardada neles, quando ainda estavam vivos...
Foi assim e foi por isso que os homens, quando pela vez primeira viram a boiguaçutão demudada, não a conheceram mais. Não conheceram e julgando que era outra,muito outra, chamam-na desde então, de boitatá, cobra de fogo, boitatá, aboitatá!
E muitas vezes a boitatá rondou as rancheiras, faminta, sempre que nem chimarrão.Era então que o téu-téu cantava, como bombeiro.
E os homens, por curiosos, olhavam pasmados, para aquele grande corpo deserpente, transparente - tatá, de fogo - que media mais braças que três laçosde conta e ia alumiando baçamente as carquejas... E depois, choravam. Choravam,desatinados do perigo, pois as suas lágrimas também guardavam tanta ou maisluz que só os olhos e a boitatá ainda cobiçava os olhos vivos dos homens, quejá os das carniças a enfaravam...
Mas, como dizia:
na escuridão só avultava o clarão baço do corpo da boitatá, e era por elaque o téu-téu cantava de vigia, em todos os flancos da noite.
Passado um tempo, a boitatá morreu; de pura fraqueza morreu, porque os olhoscomidos encheram-lhe o corpo mas lhe não deram substância, pois que sustâncianão tem a luz que os olhos em si entranhada tiveram quando vivos... Depois derebolar-se rabiosa nos montes de carniça, sobre os couros pelados, sobre ascarnes desfeitas, sobre as cabelamas soltas, sobre as ossamentas desparramadas,o corpo dela desmanchou-se, também como cousa da terra, que se estraga de vez.
E foi então, que a luz que estava presa se desatou por aí.
E até pareceu cousa mandada: o sol apareceu de novo!
Minto:
apareceu sim, mas não veio de supetão. Primeiro foi-se adelgaçando o negrume,foram despontando as estrelas; e estas se foram sumindo no coloreado do céu;depois foi sendo mais claro, mais claro, e logo, na lonjura, começou a subiruma lista de luz... depois a metade de uma cambota de fogo... e já foi o solque subiu, subiu, subiu, até vir a pino e descambar, como dantes, e destafeita, para igualar o dia e a noite, em metades, para sempre.
Tudo o que morre no mundo se junta à semente de onde nasceu, para nascer denovo: só a luz da boitatá ficou sozinha, nunca mais se juntou com a outra luzde que saiu.
Anda sempre arisca e só, nos lugares onde quanta mais carniça houve, mais seinfesta. E no inverno, de entanguida, não aparece e dorme, talvez entocada.
Mas de verão, depois da quentura dos mormaços, começa então o seu fadário.
A boitatá, toda enroscada, como uma bola - tatá, de fogo! - empeça a correr ocampo, coxilha abaixo, lomba acima, até que horas da noite!...
É um fogo amarelo e azulado, que não queima a macega seca nem aquenta a águados manantiais; e rola, gira, corre, corcoveia e se despenca e arrebenta-se,apagado... e quando um menos espera, aparece, outra vez, do mesmo jeito!
Maldito! Tesconjuro!
Quem encontra a boitatá pode até ficar cego... Quando alguém topa com ela sótem dois meios de se livrar: ou ficar parado, muito quieto, de olhos fechadosapertados e sem respirar, até ir-se ela embora, ou, se anda a cavalo,desenrodilhar o laço, fazer uma armada grande e atirar-lhe em cima, e tocar agalope, trazendo o laço de arrasto, todo solto, até a ilhapa!
A boitatá vem acompanhando o ferro da argola... mas de repente, batendo numamacega, toda se desmancha, e vai esfarinhando a luz, para emutilar-se de novo,com vagar, na aragem que ajuda.
Campeiro precatado! reponte o seu gado da querência da boitatá: o pastiçal, aífaz peste....
Tenho visto!



fonte: http://culturanativa.do.comunidades.net/index.php?pagina=1384529681


sexta-feira, 19 de outubro de 2012


Hipismo é a arte de montar a cavalo que compreende todas as práticas desportivas que envolvam este animal. Dentre elas estão as provas de salto, dressage, corridas, polo, etc. Em nível olímpico, esta prática de faz representar pelas modalidades de corrida, salto e dressage. Apesar de existir desde a antiguidade, suas regras e competições modernas surgiram no ano de 1883, nosEstados Unidos. No programa dos Jogos Olímpicos modernos, o hipismo foi incluído nos Jogos de Verão de 1912 em Estocolmo,Suécia.CavaleiroO termo cavaleiro está intimamente relacionado com a cavalaria da Idade Média, mas é empregue hoje para designar o militar pertencente à arma de cavalaria, e por extensão ao homem que anda a cavalo.
PicadeiroAssim é designado o local onde se ensinam ou adestram os cavalos fazendo-lhes fazer exercícios e onde aprendem a arte ou se exercem os cavaleiros [1]EntidadesInternacionaisFundada 1921 em Lausanne, na Suíça, pela França, Estados Unidos, Suécia, Japão, Bélgica, Dinamarca, Noruega e Itália[2], a FEI (Fédération Equestre Internationale) regula os eventos internacionais de Hipismo, em parceria com as 133 federações nacionais, sem preconceitos raciais, religiosos ou relacionados a conflitos internos. [3].
É essa mesma instituição que estabelece os regulamentos e aprova os programas de campeonatos, e, ainda, buscando assegurar a integridade dos animais, a FEI desenvolveu um código de conduta baseado tanto no seu bem-estar, quanto no "fair play" que deve ser adotado pelos cavaleiros.
No BrasilA entidade reguladora dos esportes equestres no Brasil é a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), que foi oficialmente fundada em 19 de dezembro de 1941, após esforços das Federações Paulista de Hipismo (FPH), Hípica Metropolitana (Rio de Janeiro) e Hípica Fluminense (Niterói).
A CBH é responsável pela regulamentação, coordenação, promoção e fomento das oito modalidades praticadas no Brasil, além da formação das delegações que representam o país nas competições internacionais, realização de campeonatos, seletivas e cursos, pela chancela de eventos promovidos por federações estaduais, pela captação e administração de verbas junto a órgãos governamentais e COB – Comitê Olímpico Brasileiro [4].
ProvasOlímpicas
Prova de Salto nos Jogos Olímpicos
AdestramentoOs conjuntos (cavaleiro e cavalo) deverão realizar uma série de movimentos (chamados de "figuras") de diferentes graus de dificuldade. Ha figuras obrigatórias. O objetivo é que essas figuras sejam executadas com a maior perfeição possível, as quais os juízes atribuirão notas nos quesitos disciplina, prontidão e elegância, exigindo perfeita sintonia do conjunto[5].
SaltosNos saltos, o cavaleiro e seu cavalo devem transpor, em sua totalidade, de 10 a 15 obstáculos ordenados em uma pista que mede entre 700 e 900 metros. A altura dos obstáculos vai de 0,40m a 1,65m, dependendo da categoria. Para a chamada Equitação Fundamental, a altura dos obstáculos vai de 0,40m a 0,90m. O vencedor será o cavaleiro que tiver o menor número de faltas e terminar o percurso mais rápido. O atual recorde de hipismo pertence ao capitão Alberto Larraguibel Morales e seu cavalo Huaso, que, em 1949, saltaram a altura de 2,47m, em Viña del MarChile. O atual campeão brasiileiro é o cavaleiro Rodrigo Pessoa, saltando 1,65 metros em provas.
Concurso Completo de Equitação (ou CCE)O CCE é uma espécie de triatlo equestre, reunindo provas de adestramento, salto e cross-country, e pode ser disputada em dois formatos: um dia (ODE) e três dias (3DE), não sendo permitido trocar de cavalo uma vez que tenha começado. Trata-se de uma prova completa, na qual o conjunto deve mostrar habilidade em diversas situações[6].
ParaolímpicasNos Jogos Paraolímpicos, o Hipismo é representado apenas pela modalidade de Adestramento. Os cavaleiros são divididos em quatro categorias de acordo com o grau de paralisia ou deficiência visual,e também reúne homens e mulheres na mesma competição. A pista é modificada para oferecer mais segurança aos cavaleiros, como o piso de areia compactada, placas de posicionamento maiores, localização sonora (chamadores) para os caveleiros que são deficientes visuais e rampas de acesso aos deficientes físicos. Esse esporte é de grande elegância.Não-olímpicasEnduroO enduro se trata de provas de longa distância, entre 80 e 160km, disputadas em etapas chamadas de "anéis", onde é colocada à prova a resistência do animal. Ao final de cada anel (fases entre 15 e 40km), há paradas para recuperação e testes no cavalo, os "vet-checks", onde os animais cansados ou que apresentem dores no sistema locomotor são declassificados, sem a possibilidade de substituição.
VolteioConsiste na execução de movimentos de Ginástica Artística sobre o cavalo em movimento, utilizando seu impulso a favor do atleta e criando uma harmonia e ressoância com o mesmo. As provas são individuais, duplas ou equipes, e as notas são aplicadas conforme a técnica, grau de dificuldade, equilíbrio, segurança do atleta e integração do volteador com o cavalo.
AtrelagemSão provas de adestramento, maratona e corrida de obstáculos para serem cumpridas por uma charrete puxada por um, dois ou quatro cavalos. No adestramento, devem executar movimentos livres e obrigatórios numa pista de 100 x 400m. A maratona é um percurso de 22km com obstáculos naturais e artificiais. A corrida de obstáculos é uma prova contra o relógio onde os cavaleiros devem seguir numa linha reta e esquivar dos cones ao longo do caminho.
RédeasMais do que guiar o cavalo, a prova de Rédeas busca mostrar que o cavaleiro domina todos os movimentos do animal, valorizando a concentração e a harmonia do conjunto, realizando diversos percursos pré-determinados.
PóloEsporte praticado por dois times de quatro cavaleiros, numa partida que dura de quatro a oito períodos (chukkas) cada. O objetivo do jogo é, montado no cavalo, utilizar o taco para golpear a bola entre as balizas, marcando mais gols que a equipe adversária. O campo mede 275m de comprimento por 140 de largura, sem contar com a área de escape, enquanto os gols possuem 7,3m de largura, permitindo que a bola passe pelas traves em qualquer altura.


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