terça-feira, 27 de agosto de 2013

Bela Homenagem as Vitimas da boate Kiss de Santa Maria

Cavalgada em homenagem às vítimas da Kiss chega a Santa Maria

A cavalgada em homenagem às vítimas da Kiss já chegou na área urbana de Santa Maria.
Os cavaleiros, que saíram de São Gabriel na última sexta-feira, estão percorrendo a BR-392 em direção à Estância do Minuano, onde passarão a última noite da jornada.
Ao fim do trajeto, o grupo terá cavalgado cerca de 140 quilômetros pelo interior dos municípios de São Gabriel e Santa Maria em memória dos amigos Octacílio Altissimo Gonçalves e Heitor Teixeira Gonçalves, ambos de 19 anos, que morreram no incêndio da casa noturna. No caminho, os cavaleiros passaram pelas fazendas onde residem os pais que perderam seus filhos no dia 27 de janeiro.

- 10h _ Saída da Estância do Minuano e chegada à frente da boate Kiss, na Rua dos Andradas, onde haverá uma homenagem, às 11h
- Meio-dia _ Saída da Rua dos Andradas até a Basílica da Medianeira (bairro Medianeira)
- 13h _ Missa Crioula na Basílica
Outras homenagens programadas para esta terça-feira
- 10h _ Estudantes e professores dos cursos da área da saúde da Unifra (Enfermagem, Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Odontologia, Farmácia, Biomedicina, Nutrição e o Técnico de Enfermagem) caminharão em homenagem aos voluntários que participaram do atendimento aos sobreviventes da tragédia. A saída é do Conjunto I, Rua dos Andradas, até a frente da boate Kiss, na Rua dos Andradas, onde haverá uma salva de palmas e bênção do Frei Valdir Pretto, professor da instituição
- 19h _ Culto Ecumênico na Igreja Anglicana, na Avenida Rio Branco, quando haverá o minuto do barulho, com toque de sinos e palmas

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Conheça a história do Porto do Rio Grande
Histórico Carta Espanhola
A denominação "Rio Grande" vem do fato de, dois séculos atrás, os navegantes que se dirigiam à Colônia do Sacramento entenderem que a embocadura da Lagoa dos Patos fosse a foz de um grande rio. O primeiro registro de transposição da Barra do Rio Grande é de 1737, quando o Brigadeiro José da Silva Paes chegou para iniciar o povoamento desta região que passou a ser conhecida como Rio Grande de São Pedro ou São Pedro do Rio Grande, e construiu a fortificação de madeira denominada de Forte Jesus Maria José. Segundo historiadores, muitos que visitavam a região não acreditavam no seu desenvolvimento, ou mesmo que viesse a se constituir uma cidade aqui, devido às condições naturais pouco favoráveis.

A primeira providência oficial para melhorar a segurança da navegação ocorreu em 1846, quando o Governo Imperial criou a Inspetoria da Praticagem da Barra. Após esta providência, reduziram-se consideravelmente os acidentes na Barra.

Passou a desenvolver-se uma crescente navegação através da Barra, sendo contadas em 1847, 668 embarcações que a transpuseram. Surgiu um pequeno porto, localizado onde hoje é o Porto Velho, no centro da cidade, freqüentado principalmente por embarcações a vela. A contínua agitação das águas na embocadura, as freqüentes mutações dos canais e as profundidades insuficientes que raramente ultrapassavam 3,6 metros, tornavam a transposição da Barra extremamente perigosa, cobrando um pesado tributo à navegação em acidentes marinhos, inviabilizando o comércio e o desenvolvimento da região.

Em 1855, o Ministério da Marinha enviou o Ten.Cel. Eng. Ricardo Gomes Jardim, especializado em engenharia hidráulica, para estudar a Barra e o Porto e concluiu "que devem reputar-se inexeqüíveis, senão mais nocivos do que úteis, quaisquer construção de pedra ou de madeira, no intuito de prolongar o leito do rio ou dar maior força à corrente". A seguir, outros consideraram a Barra "não suscetível de melhoramentos por meio de trabalhos hidráulicos". Em 1860, a profundidade da Barra não ia além de 2,20 metros.

Somente em 1875, Sir John Hawkshaw, comissionado pelo Governo Imperial, visitou o Porto do Rio Grande e propôs a construção de quebra-mares partindo do litoral para o oceano, de um e outro lado da embocadura com uma extensão de cerca de 2 milhas (3.220m) cada.

Em 1906, o engenheiro Elmer Lawrence Cortheill foi contratado pelo Governo brasileiro para executar as obras de fixação da Barra de Rio Grande, com aprofundamento para 10m, e a construção de dois molhes convergentes e um novo porto na cidade do Rio Grande (hoje conhecido como Porto Novo). Cortheill organizou a companhia "Port of Rio Grande do Sul", com sede em Portland, Estados Unidos, que construiria e exploraria o porto por 70 anos.

O projeto da Barra, a ser executado, originou-se da comissão presidida pelo engenheiro Honório Bicalho em 1883, posteriormente pouco alterado, analisado e aprovado pelo engenheiro holandês Pieter Caland, em 1885, que propôs a adoção de molhes convergentes.

Em 1908, devido às dificuldades do engenheiro Cortheill conseguir nos EUA o capital necessário à execução das obras, constituiu-se em Paris a "Compagnie Française du Port du Rio Grande do Sul", com capitais europeus, à qual foi transferido o contrato através do decreto nº 7.021, de 09 de julho de 1908. Dois anos depois, iniciaram-se efetivamente os trabalhos de construção dos molhes e do novo porto.

Em 1º de março de 1915, aproximadamente às 17h30min, o navio-escola Benjamin Constant, da Armada nacional, calando 6,35 metros, transpôs a Barra. Por volta das 18h30min, atracou no cais do Porto Novo do Rio Grande, em meio a solenidades festivas. Em 15 de novembro de 1915, foi inaugurado o primeiro trecho de cais do Porto Novo, numa extensão de 500 metros, logo entregues à operação.

O trabalho teve continuidade em 1919, quando, em vista das dificuldades enfrentadas pela companhia francesa, após a 1ª Grande Guerra, foram encampadas pela União e transferidas ao Estado do Rio Grande do Sul as obras da Barra e do Porto do Rio Grande.

Outros fatos

Em 1934, a União renovou o contrato de concessão portuária ao Estado do Rio Grande do Sul, pelo prazo de 60 anos, incluindo a manutenção de hidrovias do Estado.

Em 1951, face à importância que passou a adquirir o complexo hidro-portuário riograndense, o Governo do Estado do Rio Grande do Sul criou, através da lei nº 1561, de 1º de outubro de 1951, o Departamento Estadual de Portos, Rios e Canais - Deprc, autarquia que englobou os serviços concedidos, entre eles o Porto do Rio Grande, e outros executados pelo Estado na área hidroviária.

Em 1970, pela dragagem do canal de acesso da Barra para navios calando até 40 pés e pela incorporação da área de expansão (Superporto), abriram-se amplas perspectivas de crescimento e desenvolvimento do Porto do Rio Grande.

No ano de 1994, mês de agosto, expirou o prazo do Contrato de Concessão Portuária ao Estado, que foi prorrogado até 31 de março de 1997 para possibilitar os ajustes impostos pela Lei nº 8.630/93. A Lei 8.630/93 mudou significativamente as relações de trabalho e a operação nos portos brasileiros, e em Rio Grande não foi diferente. Hoje, entre outras alterações, a operação portuária é feita totalmente por operadores portuários privados.

A Lei Estadual nº 10.722, de 18 de janeiro de 1996, desmembrou o Porto do Rio Grande do Departamento Estadual de Portos, Rios e Canais, criando a autarquia Superintendência do Porto de Rio Grande - SUPRG, para administrar o Porto do Rio Grande, na qualidade de executor da Delegação da União ao Estado do Rio Grande do Sul, situação atual do complexo portuário do Rio Grande, cuja vocação é de ser o grande centro concentrador de cargas do Mercosul.

Em 27 de março de 1997, foi assinado o Convênio nº 001/97 - PORTOS/97, que delegou ao Estado do Rio Grande do Sul a administração e exploração dos portos de Rio Grande, Pelotas, Porto Alegre e Cachoeira do Sul, por mais 50 (cinqüenta) anos.

Confira na Galeria de Imagens as fotos históricas.

quarta-feira, 15 de maio de 2013



HISTÓRIAS, CONTOS, MISTÉRIOS E LENDAS DE JAGUARÃO


UM CEMITÉRIO NO CENTRO DA CIDADE

Fazendo uma viagem ao passado, lá pelos anos 30/40, época que Jaguarão tinha como cidade os limites sul a norte, do rio Jaguarão até a rua 24 de Maio, lateral da escola Joaquim Caetano e como limite leste oeste, a rua dos Andradas até a rua dos trilhos, rua Uruguai.

O restante chamavam de aldeia ou subúrbio. Até pouco tempo existiu o armazém "Clarão da Aldeia" do Sr. Álvaro Gonçalves ou Doca (Rua General Câmara esquina Coronel de Deus Dias). Porque Clarão da Aldeia? Bom, além da rua dos Andradas, já era aldeia e não possuía luz elétrica, seu Doca conseguiu com o Prefeito Dr. Hermes Pintos Affonso, para puxar por sua conta, um fio elétrico até a esquina, onde colocou uma lâmpada de 1.000 wats, fazendo um enorme clarão na escura aldeia. Todas as noites os moradores diziam: Vamos conversar lá no clarão da aldeia, dando nome ao armazém.

Bem perto dali, existiu as ruínas de um cemitério que na época já haviam algumas edificações em cima desse terreno dando frente para a rua Marechal Deodoro. A família Figueiró, a fábrica de fumos Mauá Ltda, e a família do seu Vigica.
No restante ficava um campo com pastiçal, taquaral, muitos túmulos e uma enorme pileta onde lavavam os ossos. O cemitério abrangia todo quarteirão que hoje está cortado pela rua Marechal Rondon.

Era grande a gurizada que brincava na rua dos Andradas. Os meninos jogavam futebol e as meninas passa-passará. Durante a noite brincavam de pega ladrão ou pedra livre entrando no cemitério para esconderijo. Mas toda vizinhança tinha medo das assombrações que eram comuns aparecerem para espanto e comentário em toda cidade. Apareciam muitas coisas de arrepiar, mas algumas eram de brincadeira. Por exemplo: O Pedro, filho do Mariano Rocha e irmão do falecido Vanderlei (Escritório Rocha), recortava numa melancia, uma boca e dois olhos, acendia uma vela dentro e, colocava sobre um túmulo. Sua irmã, a Dalva, cobria-se com um lençol branco e corria entre as taquaras. Era um pavor.
Hoje a quadra está cheia de casas, mas nas escavações de todas elas, tiraram vários esqueletos. Em uma delas havia um esqueleto até com uma arma do lado.

Pelos relatos do Sr. Cláudio Rota Rodrigues que leu nos arquivos do Instituto Histórico e Geográfico de Jaguarão, em 23 de novembro de 1855, quando a vila foi elevada a  categoria de cidade, surgiu um caso de cólera um cidadão que havia chegado embarcado, e que este alastrou uma epidemia violenta, matando um terço da população, ou seja, entre 3 a 4 mil mortos. Com essa epidemia superlotou o tal cemitério encerrando as atividades de campo-santo.

As irmãs de Caridade haviam comprado um campo para fazerem um cemitério, mas com a mortandade que houve, começaram a enterrar pessoas antes de iniciarem as obras do atual cemitério das Irmandades.
Perto da BR 116, imediações do secador do Sr. Moacir Bretanha, abriram um grande valo onde amontoavam os corpos trazidos por carroças que percorriam a cidade juntando defuntos.
Os fazendeiros, chacreiros e familiares fugiam para os campos evitando a doença.

O Sr. Malaguês que morou por muitos anos até a fábrica de fumo incendiar, diz que tanto ele como os empregados e moças que trabalharam no turno da noite, viam assombrações.
Já outros moradores no local perto do antigo cemitério relatam que viam constantemente, um vulto passear por toda a casa e desaparecer sem abrir portas nem janelas.




A VOLTA DO NEGRO MORTO

Numa das curvas que o Rio Jaguarão dá, antes de se abraçar com a Laguna Mirim, existe um local muito fundo, mais de 10 metros!... É a volta (no sentido de curva, ou geograficamente falando: meandro) do Negro Morto.
Contava uma “tia-velha” benzedeira em que os tempos, naquele corpo franzino, haviam parado. Dizem que falava com os passarinhos. Fumava palheiro e bebia suas cachacinhas; benzia tudo: espinhela caída, dor de amor, asma, mau olhado e temporal. Só para ficar no varejo!
Suas rezas levantavam cavalo velho, homem já com “aquilo” roto ou nuvem de gafanhoto- que naqueles tempos eram freqüentes. Era conhecida por Siá Severina. Morava na beira do rio.
Ela contava o causo do tal negro morto, medindo as palavras. Entre uma baforada e outra do "crioulo". Os bracinhos negros e frágeis da velha gesticulavam, dando uma ênfase maior ao causo.
Falava ela que, naqueles tempos, quando ainda havia escravidão no Brasil, muitos negros tentavam fugir para o Uruguai, pois naquele país essa chaga já havia sido sarada.
Um escravo, que ela não se lembrava do nome, tentou buscar a liberdade exatamente naquela local. Seu senhor, juntando uns agregados partiu, em busca do fujão.
Vendo-se perdido o escravo tomou a decisão: liberdade ou morte! E atirou-se no rio Jaguarão. Era um homem forte; nadava vigorosamente... As balas sibilavam a sua volta...
Infelizmente a liberdade cobrou seu preço. Estava do outro lado, porém com várias balas no corpo. Embaixo de um grande salso, na areia quente e com o zumbido das mutucas agonizou por horas... Até morrer. Seu corpo ficou ali, virando repasto das feras e abutres.
Poucas pessoas se aventuram a pescar naquele local, pois dizem que o tal escravo, o negro morto, que ficou insepulto aparece em noite de lua cheia pedindo para que seu corpo ganhe uma sepultura cristã.


O TESOURO DE GARIBALDI

Essa estória escutei à beira de fogão a lenha. Contada por tias-avós; em noite de lua cheia; geada branqueando os campos... Frio de rachar! Muito chimarrão, para os homens; para as mulheres mate doce, com muita erva de chá: manzanilha, carqueja ou funcho. Nós crianças, acocoradas aqui e ali, somente olhávamos... Tal bebida nos era proibida; e escutávamos as conversas dos mais velhos. Olhos esbugalhados! Corações em sobressaltos, ainda mais quando caia alguma semente de “ocalito” sobre o telhado de zinco...
Mas vamos ao caso: a República Juliana fenecia. Garibaldi, junto com Anita resolveram emigrar para a Banda Oriental do Uruguai. A sorte estava virando para o lado dos monarquistas; estes tinham olhos e ouvidos por todos os rincões do Pampa.
Garibaldi consegue chegar até a fronteira, mas informado por amigos republicanos, resolve não fazer pouso em Jaguarão, pois sua presença, na cidade seria notada. Era muito perigoso, tão importante figura farroupilha cair em mãos imperiais. Melhor seria cruzar o rio num lugar mais distante e ermo, convenceram-lhe os amigos. O Passo do Centurião era o lugar perfeito para tal peripécia... Dali, Melo estava a algumas léguas...
O “passo” era,e felizmente ainda é, um local agreste e luxuriante, com mato muito fechado e, dizem com muita cobra urutú, a “cruzeira” "de los gauchos", de bote curto e certeiro. Havia também, para facilitar as montarias, um “empedrado” natural, típico “camino de los quileros”. Gente meio brasileiro, meu oriental, que desde que o mundo é mundo conheciam cada curva, cada camalote ou cada ilha do rio.
Mas Garibaldi foi descoberto. Com os imperiais em seus encalços, desesperado enterra todo seu dinheiro e pertences de valor - dizem que inclusive uma bandeira da República Rio-Grandense, presente do general Bento Gonçalves- em três grandes panelas de ferro e vadeia, junto com Anita o Jaguarão, somente com a roupa do corpo...
O tempo passou. Após escaramuças no Uruguai, Garibaldi toma o rumo da Europa, em direção a sua querida Itália, que nesse tempo ainda era composta de vários reinos, para participar de sua unificação. Bom, mas isso é outra história!
Passaram-se os anos e um dia, um pobre gaudério, que procurava uma rês desgarrada, achou numa das grotas mais perdidas do Passo do Centurião, junto ao pé de um velho e grande jerivá, semi enterrada, uma grande panela de ferro com muitas moedas de ouro! Era parte do tesouro de Garibaldi!
O sortudo mudou de vida! Comprou terras... Uma boa ponta de gado, Cavalo de patrão para ele e seus dois filhos.
A notícia do enriquecimento correu mundo. Um vizinho, homem “maleva”, inescrupuloso, de uma inveja medonha e com vários crimes nas costas, armou, junto com outros de sua laia, uma cilada para o estancieiro e seus filhos. Toda a espécie de judiaria e torturas fizeram com eles, para que confessassem! Onde estavam as outras duas panelas de ferro?
Se, conheciam onde elas se encontravam, o segredo morreu com os três...
Os corpos foram atirados num “perau” e viraram comida de peixe...
Contam que ainda hoje em noite de lua nova, três luzes vagueiam por entre os sarandís, que nascem junto as pedras do Passo do Centurião. Serão as almas dos três mortos guardando as outras duas panelas de ferro com o tesouro ou estarão elas, clamando por justiça?


LENDAS DO RIO JAGUARÃO

O JAGUAR GRANDE





 

O nome do rio Jaguarão e da cidade homônima têm origem numa lenda indígena guarani.
Contavam os velhos pajés, quase em sussurros... Ao pé das grandes fogueiras... Em noite estrelada de verão... Cri-cri dos grilos e o clamar triste das corujas...
Naqueles tempos os guaranís eram donos desta terra. Não havia o homem branco com seu jeito difícil de lidar com a Mãe Terra... Yaguaru ou Yaguaron era um bicho horripilante, meio jaguar meio peixe. Do tamanho de um cavalo pequeno. Pêlo espesso como o da capivara. Boca crivada de dentes, como os da traíra; pontudos e afiados como os espinhos da coronilha. Tinha os olhos flamejantes que brilhavam na escuridão. Seu urro parecia sair das profundezas do inferno... Adorava ver correr sangue. Para tocaiar suas presas, homens, mulheres e até curumins, usava de um estratagema: com suas garras grandes como espadas, fazia enormes buracos, entre as barrancas; junto às margens do rio. Quando a vítima, incauta, passava por tal armadilha, seu peso fazia a mesma desabar. Era mais um desgraçado! Matava dois, três, quatro ou mais... Só por prazer. Comia, de algum deles, somente os pulmões. O bicho era o terror dos índios.
Os guaranis fizeram várias buscas para matá-lo. Procuraram, perto da nascente, no meio das pedras, junto aos camalotes e nada. Na mata fechada, que existia, naqueles tempos, perto da foz... Nem rastro... Até na Mirim andaram a procura do bicho!... Nada encontraram... O Yaguaru tinha sumido? Ninguém sabe... Talvez ele esteja nalguma barranca, nas curva do Rio Jaguarão, junto aos sarandizais esperando mais uma vítima.