quinta-feira, 26 de julho de 2012


Igreja Matriz do Divino Espirito Santo


Temos em nossa cidade a Igreja Matriz do Divino, um dos monumentos históricos e mais antigo do município. Ela se localiza na Rua Carlos Barbosa em frente à Praça das Bandeiras. A Ela foi construída no mesmo local da 1ª, construção da igreja começou no ano de 1847 mas só foi concluída mais de 20 anos depois, em 1875.

Igreja Matriz do Divino Espirito Santo uma das belezas de Jaguarãofimdi de_dezembro_019_
O primeiro discurso foi feito pelo Comendador Azevedo, em 12 de fevereiro de 1885, foi a celebração da missa de um ano de falecimento do Pe. Joaquim Lopes Rodrigues. Joaquim foi o segundo vigário colado da Matriz.
 A igreja foi construída em estilo barroco, muitos dos seus acervos são derivados do século XIX, ela possui altares esculpidos a mão e imagens vindas de Portugal. Os vitrais e seu parlatório são de mármore carrara. Tem também as imagens sacras com data do período da conclusão da igreja.
A imagem contida no altar central tem a proporção de tamanho normal, além disso, a igreja possui:
Internamente, além do conjunto formado pelo altar-mor e os dois grandes altares colaterais, com seus retábulos de influência neoclássica, são também originais do século XIX:
-nas capelas laterais, dois retábulos móveis: o que abriga a imagem do Senhor Bom Jesus dos Passos, e o retábulo original de Nossa Senhora do Rosário (ocupado, atualmente, pelo Sagrado Coração de Jesus);
- conjunto de onze imagens sacras esculpidas em madeira (além de outras, do século XX, em diferentes materiais) e seus respectivos complementos, como coroas e resplendores em prata, executados com várias técnicas de ourivesaria;
- a pia batismal, em diferentes variedades de mármore, com belo trabalho de escultura em forma de cabeças de querubins, em torno da bacia.
- o gradil da capela do batistério, em ferro batido, com detalhes em fundição;
- duas raras eças, enormes móveis desmontáveis, empregados, outrora, para representar o esquife nas cerimônias de “absolvição dos defuntos”, após a missa fúnebre por ocasião do sétimo dia, trigésimo e aniversário, assim como para a Novena das Almas, celebrada nos dias consecutivos à comemoração de Finados, em novembro;
- dois cadeirões de braços que consta terem pertencido ao palácio do ditador Solano López, trazidos como troféu da Guerra do Paraguai (1864 – 1870);
-amplo acervo-documental, especialmente o relacionado às antigas irmandades leigas.
Apesar disso, em épocas diversas, esse patrimônio foi objeto de várias intervenções indevidas, citando-se dentre elas:
-a arquitetura do retábulo-mor foi adulterada pela remoção de degraus superiores do camarim, a fim de possibilitar a instalação do atual Ostensório do Divino Espírito Santo, em metal, que substituiu o original-esculpido em madeira, em estilo barroco tardio, dourado e policromado (atualmente conservado no Instituto Histórico e Geográfico);
- foram emparedados dois nichos cavados na alvenaria, que ladeavam o arco cruzeiro;
- a pia batismal foi removida de seu lugar original no batistério;
- todos os altares sofreram sucessivas repinturas, sendo empregados materiais indevidos e cobrindo-se a primitiva policromia, que imitava mármores de várias cores, bem como o douramento original; a mesa do altar-mor também foi separada do respectivo retábulo e sacrário;
- também a maioria das imagens sacras sofreu restauro inadequado em geral ocultando ou desfigurando o “estofamento” das vestes das mesmas, executado, originalmente, com minuciosas técnicas de policromia e douramento. Algumas imagens foram também deslocadas de seus altares originais;
A igreja conta ainda com um museu, no seu interior, que foi inaugurado em janeiro de 2011ncom vários itens católicos, de valores inestimáveis. Esta é uma parte da historia de Jaguarão e do povo jaguarense que vale apena Conhecer.


A Enfermaria Militar

Foto de: Daiane Araújo
A Enfermaria Militar foi construída no ponto mais alto da cidade de Jaguarão, chamado como cerro da Pólvora ou cerro da Enfermaria. Foi erguido por ordem do Ministro da Guerra, Visconde de Pelotas, a construção do prédio teve inicio em 1880 e foi concluído em 1883. O objetivo e a funcionalidade do prédio Seu objetivo era atender os oficiais e praças do exército, e atende também as cidades próximas de Bagé. Em 1915 o prédio foi ampliado, com a construção de uma capela e um necrotério. Em 1940 funcionou também como escola e alojamento, inclusive como prisão militar e política. Na década de 70 foi desativada e abandonada, o prédio foi totalmente depredado, e nos dias de hoje encontra-se em ruinas. A situação atual Por meio do Instituto Patrimonial Histórico Artístico Nacional (Iphan), foi disponibilizada uma verba de R$ 7 milhões para a construção do Centro de Interpretação do Pampa. Este centro resgatará toda a história do nosso Pampa e vai ser gerenciado pela universidade da cidade, a UNIPAMPA.

A ESTAÇÃO FÉRREA DE JAGUARÃO
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O ramal de Jaguarão foi aberto em 1932 para unir a estação de Basílio, na linha de Cacequi ao Rio Grande, ao Uruguai, depois de cruzar a ponte internacional sobre o rio Jaguarão, através da ferrovia podia-se seguir para Montevideo de trem. A linha foi totalmente desativada por volta de 1979. Os trilhos foram arrancados, exceto no trecho entre Jaguarão e o rio Uruguai. Quando veio a supressão oficial do ramal em 1994, a linha já era uma saudade havia muitos anos.

A inauguração e a construção
A estação ferroviária foi inaugurada em 1932 como ponta de linha do ramal de Jaguarão. Da estação os trilhosEstação Férrea Antigamentecontinuavam até a cidade de Rio Branco, no Uruguai, depois de cruzar a ponte internacional (Ponte Mauá) com trilhos de bitola dupla, correspondente à métrica brasileira e a bitola uruguaia, maior. Em 1942, construiu-se um prolongamento para uma nova estação no abrigo de Polinício, próximo à estação para abrigar os viajantes, na subida norte para a ponte internacional. A partir desse ano, era dali que o trem seguia para a ponte. O trem uruguaio de conexão até Montevideo esperava no meio da ponte, na chamada parada Ponte Mauá. Por muito tempo havia uma automotriz diesel , correndo no trecho Ponte Mauá - Montevideo, depois a AFE uruguaia passou a usar os trens a diesel. 
A movimentação
Segundo se conta, os trens brasileiros entravam na estação de Rio Branco, no Uruguai e do outro lado da ponte, para a baldeação. Até 2005 a linha da bitola 1,435 m atravessava a fronteira e chegava até à estação de Jaguarão. Era pouca carga, em geral arroz da região de Vergara e Treinta y Tres, a 200 km da fronteira, no Uruguai. Porém, a partir desse ano problemas estruturais na ponte impedem os trens uruguaios de atravessá-la, tendo cessado o seu tráfego. A estação de Jaguarão pertence à cidade, e os trilhos à AFE uruguaia, que continuam por algumas centenas de metros no leito da antiga linha métrica brasileira erradicada. No ano 1960 existiu uma automotriz rápida ligando Rio Grande em exatamente 5 horas até Polinicio com poucas paradas nesse trajeto, possibilitando uma baldeação imediata até e desde Montevideu, pela então RFFSA, onde era chamado de “Rápido Rio Grande-Montevideu”. Estes trilhos vão até o pátio da ex-estação de Jaguarão da VFRGS. Com a suspensão do tráfego de trens na ponte Mauá, os trilhos estão virando canteiro central. Como curiosidade: no fim desta rua há uma curva a direita e em seguida é o início da rodovia BR-116 (Texto e foto de Alfredo Rodrigues, 31/5/2008).