terça-feira, 27 de março de 2012


PERAL DA NOIVA NO RIO JAGUARÃO

Como se sabe, é vastíssimo e variados os contos de assombrações nas ilhas e costa do rio Jaguarão. Há uma estória sobre o Peral da Noiva, que foi contada por um pescador que já tem aproximadamente 50 anos de profissão, o "Pião". Ele relata que entre o barranco denominado cabeça do boi e a charqueada, existe um buraco muito fundo de mais ou menos seis metros de profundidades no rio Jaguarão, ao lado de um ilha de pedra, com um redemoinho tão forte, ao ponto de desviar a rota dos barcos pela intensidade e força das águas.
No início do século passado entre 1915/1920, viviam na localidade da Charqueada, onde tem uma tapera, um casal de jovens, noivos prontos para casar. Ele foi trabalhar na colheita de arroz nas granjas do Uruguai, com o intuito de juntar dinheiro para o casamento. Ele morre num acidente por lá, e a moça desesperada, vestida de noiva, se atira no peral que ficou conhecido como peral da noiva, ou buraco da moça, porque nas noites de quinta-feira, ela aparece para pavor dos pescadores e de pessoas que acampam nas proximidades.
Certa vez, diz o Pião que presenciou quando uns rapazes tentavam atravessar uma tropilha de cavalos pelo rio e que uns três ou quatro animais que passavam próximo ao buraco da noiva, foram puxados pela força do redemoinho, aparecendo mortos, muitos metros adiante. Pião também narra como fenomenal uma façanha que aconteceu, quando numa pescaria nesse local, puxou um bagre branco de quase 23 quilos, para espanto de todos os colegas.
O pescador Nei Rolim e seu colega Sérgio Correa, quando estavam acampados na localidade de Fanfa, ouviram um barulho como se aproximasse uma tropa de cavalos. Assustados, saíram rapidamente da barraca, com medo de serem atropelados pelos animais. Não avistaram a cavalhada, mas enxergaram um negro velho, montado num cavalo e tocando violão. Quando indagaram quem ele era, desapareceu o vulto e seguiu o barulho de uma tropilha disparando.
Interessante que o mesmo fenômeno foi presenciado por uns jovens que estavam acampados perto do buraco da noiva, ouviram o mesmo barulho de uma cavalgada, quando saíram da barraca para verificar, enxergaram uma noiva correndo no campo, chorando e perguntando onde estava o seu amor.


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