terça-feira, 26 de março de 2013

Quinta Cavalgada da Integração do Ptg General Osório.

Nos dia 23 e24 de Marços de 2013, realizou-se a 5 Cavalgada da Integração do Ptg Gal.Osório contamos com a participação do Ptg Mirim Marechal Osório, Centro Hípico de Jaguarão, Oficiais e Praças do 12 RC Mec e a ilustre presença do Patrão de Honra Ten.Cel Rogério Marques Nunes e seus Familiares, onde na oportunidade cavalgamos em direção a Agropecuária GREPO de propriedade do Sr. Vitelmo  Garcia  onde fomos agraciados com uma bela recepção dos anfitriões, que nos receberam no galpão da Estância com um belo churrasco, musica tradicionalista e jogos voltados a nossa cultura. Na oportunidade agradecemos a participação de todos e em especial aos proprietários Sr Vitelmo dos Santos Garcia e sua esposa Srª Edelaine da Rosa Silva.









sexta-feira, 15 de março de 2013

Oração do Cavalo
Dá-me comida e cuida de mim e quando a jornada terminar,
Dá-me abrigo, uma cama limpa e seca e uma baia ampla pra eu descansar em conforto.
Fala comigo. Tua voz, muitas vezes, significa para mim o mesmo que as rédeas.
Afaga-me, às vezes, para que eu te possa servir com mais alegria e aprenda a te amar.
Não maltrates minha boca com o freio e não me faças correr ao subir um morro.
Nunca, eu te suplico, me agridas ou me espanques quando eu não entender o que queres de mim, mas dá-me uma oportunidade de te compreender.
E, quando não for obediente ao teu comando, vê se algo não está incorreto nos meu arreios, ou maltratando os meus pés.
E, finalmente, quando a minha utilidade se acabar, não me deixes morrer de frio ou à mingua nem me vendas para alguém cruel para eu ser lentamente torturado ou morrer de fome.
Mas bondosamente, meu amo, sacrifica-me tu mesmo e teu Deus te recompensará para sempre e não me julgues irreverente se te peço isso.
Em nome d’Aquele que também nasceu num estábulo.



segunda-feira, 11 de março de 2013


Introdução
O ato de se ferrar os cavalos nasceu da necessidade de se preservar da integridade do casco. A ferradura fixada com “cravos” como nós conhecemos hoje em dia vem desde a idade média.
O casco dos cavalos não necessita de ferraduras para a realização das tarefas rotineiras, porém a partir da intervenção do homem houve uma necessidade, principalmente nos cavalos de esporte, de se proteger o casco do desgaste excessivo proveniente do treinamento físico. O cavalo deve ser ferrado, em situações normais, a partir da doma, ocasião em que ele começa a ser submetido ao esforço. O trabalho de doma provoca um desgaste além do normal nos cascos e o ferrageamento deve ser feito de forma a evitar este desgaste e ajudar a movimentação do animal, melhorando o rendimento.
Cabe lembrar que um cavalo bem ferrado é aquele onde a ferradura mantém o casco mais próximo possível das condições naturais.

Características do Cavalo de Pólo
O cavalo de pólo tem sido definido por vários autores como um esportista “universal”, já que deve aliar; força, resistência, velocidade, capacidade de realizar movimentos bruscos sem perder a harmonia do movimento, além de aceitar a intervenção do jogador.
Na avaliação moderna existem 3 razões para se ferrar o cavalo de esporte:
a) Para Proteger o casco;
b) Para melhorar a tração;
c) Para corrigir ou alterar o apoio (terapêutico).
As ferraduras do cavalo de pólo devem ser assentadas sobre uma sola sem desnível, bem como devem ser bem fixadas com 6 a 8 cravos para evitar o seu deslocamento da mesma provocado pela força e pressão exercida sobre ela durante o jogo. Nos posteriores o uso de rampões é indicado para melhorar a capacidade de aderência.

Peculiaridades atuais do campo de pólo
Como qualquer esporte praticado no piso de grama, o pólo também tem buscado um piso que tenha boa aderência, resistência ao pisoteio e ao clima, drenagem e uniformidade.
Seguindo a evolução do esporte os campos de pólo passaram a adotar um híbrido da grama bermuda. O tifton 419 nasceu do cruzamento de Cynodon transvaalenaisx Cynodon dactylon, e desde a década de 60 tem se tornado a principal escolha para o piso das mais variadas modalidades esportivas. Atualmente a maioria dos campos de futebol profissional, por exemplo, tem adotado o uso do tifton 419.
Como características favoráveis o tifton 419 é mais resistente ao clima, tanto temperatura como umidade, que a maioria das bermudas, tem um crescimento precoce e produz uma massa mais densa e uniforme, é mais resistente aos insetos e nunca produz sementes.
É justamente esta camada de grama mais densa e uniforme que poderá exigir adequações no ferrageamento dos cavalos de pólo de alto handicap.

Rampões ou Tacões Ingleses.
Nos cavalos de pólo os rampões (calks) são colocados nas ferraduras dos posteriores para aumentar a aderência. Podem ser fixos ou moveis. Quando moveis, são colocados com rosca em orifícios preparados na região dos talões das ferraduras, podem ter várias formas: em bico ou cunha para um piso duro e retangular ou quadrado para piso mole.
Quando o cavalo não está trabalhando, os rampões, quando moveis, podem ser removidos e os orifícios devem ser preenchidos com um tampão próprio ou com algodão. É importante salientar que ao mesmo tempo em que o rampão aumenta a aderência, ele também provoca uma maior fixação do casco ao piso, diminuindo o deslizamento natural dos cascos que ocorre nos movimentos de frenagem ou rotação, tal fato pode proporcionar uma fixação quando o movimento necessita uma rotação. Este efeito pode ser maior ou menor na dependência da natureza do piso.
Regras do pólo relacionadas à ferradura
Art. 016 - PARTES PROIBIDAS DO EQUIPAMENTO DO CAVALO
                Não são permitidas ferraduras com rebordos externos, porém, admitir-se-á o rebordo no interior da ferradura (Penal 9.b).
                 Não são permitidos cravos ou parafusos salientes, porém admitir-se-á o uso de rampões ou tacões ingleses, fixos ou móveis, sempre que estiverem colocados no talão da ferradura dos posteriores. Os tacões ingleses e os rampões não excederão 2 cm³ ( dois  centímetros cúbicos) (Penal 9.b).
               NOTA. - Os tacões ingleses ou rampões móveis são permitidos para que, quando gastos, possam ser mudados sem ser necessário remover a ferradura. Os tacões ingleses ou  o rampão móvel devem se assemelhar, tanto quanto possível, à forma reconhecida do tacão inglês ou rampão fixo; não é permitida a colocação de pontas de formas viradas, nem tacões ingleses ou de rampões que ultrapassem o talão dos posteriores.

Evolução das ferraduras do cavalo de pólo
O pólo é um dos jogos mais rápidos do mundo. A ferradura do cavalo de pólo tem evoluído acompanhando as necessidades impostas pela “modernização”do esporte o que inclui:
a) melhoria genética dos animais,
b) busca constante pela qualidade do piso/gramado do campo,
c) evolução do treinamento e acompanhamento físico do animal atleta.
No caso das ferraduras busca-se aliar alguns aspectos:
<!--[if !supportLists]-->1) leveza para favorecer a velocidade
<!--[if !supportLists]-->2) resistência para possibilitar boa fixação e suportar as forças impostas pelos movimentos do jogo
<!--[if !supportLists]-->3) aderência suficiente para possibilitar movimentos de alteração de direção sem “fixar” o casco no gramado.
Praticamente não houve modificação significativa nas ferraduras utilizadas nos membros anteriores ( mãos) dos cavalos de pólo, embora estas estejam mais leves, no formato permanecem planas e lisas.
Porém as ferraduras utilizadas nos membros posteriores (pés) têm sofrido um maior numero de modificações; geradas em um primeiro momento pela preocupação em se minimizar as lesões provocadas por pisadas nos membros dos cavalos dos adversários, o que poderia provocar a queda do cavalo atingido e, portanto visando maior segurança também para o jogador, neste sentido houve a padronização do tamanho dos rampões. E mais recentemente a partir do final da década de 80 com a evolução do piso dos campos pela utilização de gramas mais favoráveis para a manutenção do campo de jogo, as ferraduras passaram a sofrer modificações relacionadas, principalmente pela característica do tifton 419 que é a grama mais utilizada nos campos de pólo, que pode promover uma fixação excessiva da ferradura ao solo devido a utilização de rampões. Tal fato não é desejável já que as alterações bruscas de direção exigem que o casco possa sofrer o movimento de rotação de maneira mais livre, caso contrário a incidência de uma força desta magnitude sobre os ossos e articulações dos membros posteriores favorecerá a ocorrência de fraturas, colocando em risco o animal e o jogador.

Situação atual do uso de rampões na ferradura dos posteriores nos principais paises onde o esporte é jogado.
A maior preocupação com o uso dos rampões em alguns paises diz respeito às lacerações provocadas pelo membro do cavalo do adversário durante a disputa do jogo. A região das falanges incluindo a coroa do casco é a mais afetada. Devido a esta preocupação que também afeta a segurança do jogador alguns países promoveram algumas modificações no tamanho e na localização dos rampões:
<!--[if !supportLists]-->1) Inglaterra - Possivelmente a Inglaterra foi o primeiro país a determinar retirada do rampão medial. Só é permitido, pelo regulamento, o uso de rampão na margem lateral da ferradura com dimensão de 1,3 cm³,fixo ou removível (o removível é o recomendado pela associação britânica de pólo).
<!--[if !supportLists]-->2) Argentina - A Argentina permite o uso de rampões de até 2 cm³. Atualmente os rampões estão localizados apenas na lateral da ferradura, embora isto não esteja determinado no regulamento.
<!--[if !supportLists]-->3) EUA - Nos EUA ainda se encontra a ferradura dos posteriores com rampões nos dois lados, embora haja uma tendência para a utilização de rampões menores e removíveis ( que são colocados no momento do jogo).
<!--[if !supportLists]-->4) Brasil – Na maioria das cocheiras do eixo Rio-São Paulo ainda se utiliza a ferradura com rampão fixo na lateral e apoio medial, embora esteja crescendo o número de animais que já utilizam o modelo comercializada no Brasil semelhante ao da Inglaterra e Argentina.

Discussão e Conclusão
O levantamento bibliográfico nos permitiu identificar que existe uma preocupação constante relacionada à adequação dos modelos das ferraduras utilizadas nos cavalos de esporte. No caso específico do cavalo de pólo as ultimas alterações têm sido relativas à ferradura dos posteriores (pés). Primeiro houve a preocupação com o tamanho do rampão, já que este pode provocar lacerações importantes nos membros dos animais, mesmo quando os membros estão protegidos por ligas ou protetores, o resultado deste fato é que as associações de pólo trazem em seu regulamento o tamanho maximo do rampão dos posteriores de 2 cm³ , podendo chegar a 1,3 cm³como no caso da Inglaterra. Comparando os números da tabela pudemos observar que alguns modelos de ferraduras comercializadas no Brasil em alguns casos ultrapassam as dimensões preconizadas para os rampões. Num segundo momento a preocupação contemplou a localização deste rampão e neste sentido sugeriu-se que este rampão fosse localizado apenas no ramo lateral da ferradura.
Tal fato se deve, no nosso entender, a dois fatores conjuntos:
O primeiro fator esta relacionado a uma maior preocupação com o as características do solo dos gramados observadas nas ultimas décadas. Com o uso de descompactadores somado ao uso da areia, o campo melhorou muito a drenagem e a granulometria da camada superficial tornando-se naturalmente menos escorregadios.
O segundo fator foi a eleição do tifton 419 para o piso. Esta grama que por suas características germinativas e rusticidade formam uma camada de grama mais densa e uniforme que por si só aumentaram a aderência, independente do tipo de ferradura.
Em todas as situações de frenagem ou rotações o casco sofre um, pequeno e necessário, deslizamento em relação ao solo. Quando a ferradura tem rampões estes, ao mesmo tempo em que aumentam a aderência, acabam restringindo ou em casos mais indesejáveis não permitindo o deslizamento natural do casco em relação ao solo, o resultado disso é uma sobrecarga nas articulações, culminando em fraturas graves quando ocorre a “fixação” do casco no solo. Portanto quanto maior o rampão e a velocidade do cavalo, nos movimentos de alteração de direção em situações de jogo, aumenta-se o risco de uma “fixação” maior do casco ao solo provocar lesões graves nas articulações.
Fica, portanto um alerta para que passemos a considerar assunto das ferraduras com maior cuidado, tentando aumentar o rendimento e a vida útil do cavalo atleta.
Referencias.
<!--[if !supportLists]-->1- ALFONSO, C.; PREZYPEREZ, F. Podologia Veterinária. Ed Editorial Científico-Médica, Barcelona.,3ª edição. Pg164-166, 198-199.
<!--[if !supportLists]-->PIRES, A.; LIGHTOWLER, C.H. Tratado de las Enfermidades Del pie Del caballo. Ed. Hemisferio Sur, Buenos Aires. 1989, 1983, 2ª edição,Vol. 1 pag: 203-210,227-228,251-252.
Sobre o autor: Roberto Pimenta de Pádua Foz Filho é Medico Veterinário formado pela Universidade de São Paulo. Possui Mestrado e Doutorado realizado também na Faculdade de Medicina Veterinária da USP. É Professor de disciplina de Cirurgia de Grandes Animais na Universidade Anhembi-Morumbi e atua no Helvetia desde 1983 no atendimento de cavalos de Pólo.​


terça-feira, 5 de março de 2013


O chimarrão e a Erva Mate

O Chimarrão é proveniente da cultura dos Índios Guarani. Composto da erva-mate cevada, é preparado em uma cuia proveniente do fruto porongo, servido com água quente e bebido através de um canudo de metal chamado de bomba.

A erva-mate é proveniente da planta de nome científico Ilex Paraguariensis, encontrada em abundância nas matas do Sul do Brasil. Realmente é uma bebida especial, tanto pela sua cultura, quanto pelo seu valor nutritivo, dificilmente encontrado em outra planta no mundo.

Conhecido por ser o símbolo da hospitalidade e amizade do gaúcho, o chimarrão é servido cordialmente aos clientes do Vento Haragano, como em toda tradicional casa de família gaúcha.

ORAÇÃO DO GAÚCHO


D. Luiz Felipe de Nadal, bispo de Uruguaiana


"Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e com licença do Patrão Celestial. Vou chegando, enquanto cevo o amargo de minhas confidências, porque ao romper da madrugada e ao descambar do sol, preciso camperear por outras invernadas e repontar do Céu, a força e a coragem para o entrevero do dia que passa.
Eu bem sei que qualquer guasca, bem pilchado, de faca, rebenque e esporas, não se afirma nos arreios da vida, se não se estriba na proteção do Céu. Ouve, Patrão Celeste, a oração que te faço ao romper da madrugada e ao descambar do Sol: "Tomara que todo o mundo seja como irmão ! Ajuda-me a perdoar as afrontar e não fazer aos outros o que não quero para mim".
Perdoa-me, Senhor, porque rengueando pelas canhadas da fraqueza humana, de quando em vez, quase sem querer, eu me solto porteira a fora... Êta potrilho chucro, renegado e caborteiro... mas eu te garanto, meu Senhor, quero ser bom e direito ! Ajuda-me, Virgem Maria, Primeira Prenda do Céu. Socorre-me, São Pedro, Capataz da Estância Gaúcha. Pra fim de conversa, vou dizer meu Deus, mas somente para ti, que tua vontade leva a minha de cabresto pra todo o sempre e até a querência do Céu.
Amém."




matéria sugerida pela prendinha Maria Eduarda Goularte...