quinta-feira, 24 de maio de 2012


Batalha de Tuiuti
Conflitos da América Latina
24-05-1866

Este acontecimento teve inicio em: 24-05-1866 e terminou em 24-05-1866
Vencedor: Brasil
Forças em presença:

Paraguai

Brasil

Argentina

Uruguai

24 Maio 1866

Batalha de Tuiuti

Desde que o Paraguai tinha perdido a iniciativa, no inicio de 1865, que as forças aliadas, Brasil Argentina e Uruguai tinham aumentado a pressão sobre o Paraguai, tomando posições, se bem que lentamente em território do país. Além de tomar posições dentro do Paraguai, as forças aliadas, tinham vindo a aumentar muito o numero de efectivos.

O ditador Paraguaio Solano Lopez, pretendia com um forte golpe, destruir as forças aliadas e empurra-las para a outra margem do rio Paraná, para território brasileiro.

As tropas aliadas, encontravam-se próximo às margens do rio Paraná (do lado paraguaio) e preparavam-se para avançar sobre território paraguaio.
Solano Lopez tenta juntar um exército tão numeroso quanto possível para forçar a retirada das forças aliadas para a outra margem do rio Paraná.

O ataque é efectuado ao fim da manhã de forma algo desorganizada com um avanço directo sobre o sector central ocupado por forças uruguaias e brasileiras.

Ao mesmo tempo que tentam forçar a vanguarda aliada, os paraguaios tentam envolver os flancos ocupados por tropas brasileiras de um lado e argentinas do outro.

Durante a tarde, as forças paraguaias atacam incessantemente à custa de grandes perdas, sem que os seus ataques tenham conseguido desarticular as defesas aliadas. A sua relativa inferioridade numérica e o facto de terem atacado demasiado tarde no dia, contribuiu para que os ataques paraguaios não funcionassem como sería de esperar.

Ao fim da tarde, as várias tentativas paraguaias tinham fracassado, e as suas forças obrigadas a retirar com enormes baixas.

A batalha de Tuiuti, a maior batalha campal na América Latina, que envolveu mais de 50.000 homens, foi um desaire tremendo para os paraguaios, tendo segundo algumas fontes sofrido 12.000 baixas sendo metade relativas a mortos e os restantes a feridos ou prisioneiros. As forças aliadas, em posições defensivas e contando desde o inicio com superioridade numérica sofreram muito menos baixas.

O Paraguai falhou assim na sua tentativa de levar a guerra para território inimigo, e na tentativa falhada, perdeu uma parte muito considerável do seu exército, o que incluía as suas tropas mais válidas.

24 de maio, o dia do Telégrafo

Em 24 de maio de 1844, Samuel Morse null emite a primeira mensagem telegráfica, enviada de Washington a Baltimore. Em 1872, o continente americano já era cruzado por mais de 300 mil quilômetros de linhas.
Morse era um tipo polivalenre: nasceu em Charleston, em 27 de abril de 1791 e morreu octagenário, em Nova Iorque, em 2 de abril de 1872. Foi um inventor e pintor de retratos e cenas históricas dos Estados Unidos. Mas tornou-se mundialmente célebre pela suas invenções: o código morse e o telégrafo com fios.
E nós, do vinho, com isso?
Ah! uma história curiosa. Duas figuras especiais da nossa confraria -- o João Condé e o Hans Henningsen -- trocaram certa feita um telegrama que entrou para o nossofolclore. Condé era adido cultural da nossa embaixada em Lisboa e o Hans um viajador incansável, já que colunista esportivo, representante da Puma e um gormet-bom-de-bico à antiga. Bom, passa por Lisboa, vai jantar no Sua Excelência, do sobrinho-neto do Eça de Queiroz e, no embalo "enológico" compra uma caixa (12 ampolas) de Barca Velha. No dia seguinte passa na casa do João e diz: "vou deixá-las aqui para não andar sacudindo de avião com essas preciosidades. Na volta, levo tudo para o Brasil". E viaja.
Uns dez dias depois, em Paris, recebe um telegrama do João Condé: "prezado Hans, peço licença para abir a sexta garrafa..." (Obviamente de sacanagem).
Telegrama do Hans de volta: "vá à merda, João!".
E continuaram amigos até a morte do querido arquivista de Caruarú. 

terça-feira, 22 de maio de 2012


Dizem os orientais que, 
quando abraçarmos uma pessoa querida a quem amamos, 
devemos fazer da seguinte forma:
inspirando e expirando três vezes, 
e aí sua felicidade se multiplicará pelo menos dez vezes.
O efeito terapêutico do abraço é inegável. 
Diante disso não podemos esperar para abraçarmos a quem queremos bem.
Se você estiver sentindo um vazio interior, 
tente abraçar o seu amigo (a), 
deslizando delicadamente a mão sobre as costas dele (a),
para que o possa sentir junto a você.
Nos Momentos de dor e de alegria 
é que vemos o bem que 
um grande e demorado abraço nos causa. 
 
Pelo abraço, 
transmitimos emoções
recebemos carinho, 
trocamos afeto, 
compartilhamos alegria, 
amenizamos dores, 
demonstramos amizade
doamos amor, 
expressamos nossa humanidade. 
É tempo de enlaçarmos nossos braços num terno, 
profundo e afetuoso abraço.


segunda-feira, 14 de maio de 2012


Mãe
Mãe, palavra que soa suaves ao coração 
palavra que encanta e traz alegria.

Mãe, significado de paz e amor. 

Mais que ninguém, você merece ser homenageada 
por sua dedicação e por seu amor
este que tudo sofre, tudo vence e tudo perdoa.

Mãe, você é mulher corajosa
mulher que luta para cuidar dos seus filhos
sem medir esforços;
Mãe, você não se curva diante das dificuldades,
mas as vence.

Seu amor me encanta
Sua força, me orgulha
e sou realmente privilegiado, por tê-la em minha vida;
Talvez, eu não saiba retribuir e valorizar
tudo o que faz por mim.

Mas neste dia especial
desejo a você, com muito amor e carinho
que consiga realizar todos os seus sonhos
e continue fazendo o bem, à todos os que convivem com você.

Parabéns Mamãe.




Jantar dançante PTG General Osório e Grêmio Cabo Guilherme

Dia 11 de maio de 2012 foi realizado na sede do Grêmio Cabo Guilherme um JANTAR DANÇANTE, alusivo ao aniversário do Patrono do PTG General Osório, Visconde e Marques do Erval Marechal Manuel Luís Osório (comemorado  em 10 de Maio)  e homenagem ao dia das Mães.































Feliz dia das MÃES


Mãe
Mãe, palavra que soa suaves ao coração 
palavra que encanta e traz alegria.

Mãe, significado de paz e amor. 

Mais que ninguém, você merece ser homenageada 
por sua dedicação e por seu amor
este que tudo sofre, tudo vence e tudo perdoa.

Mãe, você é mulher corajosa
mulher que luta para cuidar dos seus filhos
sem medir esforços;
Mãe, você não se curva diante das dificuldades,
mas as vence.

Seu amor me encanta
Sua força, me orgulha
e sou realmente privilegiado, por tê-la em minha vida;
Talvez, eu não saiba retribuir e valorizar
tudo o que faz por mim.

Mas neste dia especial
desejo a você, com muito amor e carinho
que consiga realizar todos os seus sonhos
e continue fazendo o bem, à todos os que convivem com você.

Parabéns Mamãe.


Aniversário General Manuel Luis Osório , 11 de Maio




 Manuel Luís Osório nasceu em 10 de maio de 1808, em terras que pertenciam à Vila de Nossa Senhora da Conceição do Arroio (RS), que, posteriormente, tomou o nome de Osório, pelo motivo do seu nascimento naquelas plagas. Por ser um território muito extenso, foi dividido em dois: um abrangendo o litoral, o qual foi denominado Tramandaí; e outro o interior, que permaneceu com o nome de Osório. Embora as comissões demarcadoras tivessem se empenhado em deixar o local de nascimento de Manuel Luís Osório no Município batizado em sua homenagem, pesquisas realizadas por um grupo de oficiais lidarados pelo Coronel de Cavalaria Edson Boscacci Guedes, então Chefe do Estado-Maior da 3ª Região Militar, localizaram a casa onde nascera o marquês do Erval, no município de Tramandaí, próximo aos limites com Osório, local transformado em Parque Histórico com o seu nome.[3]
Manuel Luís Osório foi criado na fazenda do avô materno. Seu pai, Manuel Luís da Silva Borges, filho do casal descendente de açorianos Pedro Luís e Maria Rosa da Silveira, ambos naturais da freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa, na ilha de Santa Catarina, era um destacado e condecorado militar que lutou no Estado Oriental (atualUruguai) nas guerras de 1811 e no período de 1816 a 1821. Sua mãe, Ana Joaquina Luísa Osório, filha do tenente Tomás José Luís Osório e de Rosa Inácia Joaquina Pereira de Sousa, era natural de Santo Antônio da Patrulha e vinha de família proprietária de terras. A gleba de seus pais situava-se próxima à Lagoa dos Barros, local onde hoje está oParque Marechal Osório.
Quarto filho de uma humilde família de 14 filhos, aprendeu a ler e escrever sem ter feito estudos regulares. Em 1º de maio de 1823, com 15 anos incompletos, alistou-se como voluntário na Cavalaria da Legião de São Paulo e acompanhou o regimento de seu pai na luta contra as tropas portuguesas do brigadeiro Dom. Álvaro da Costa, estacionadas naCisplatina (atual Uruguai), durante a Guerra da Independência do Brasil (1822 - 1823). Contava apenas 15 anos quando teve seu batismo de fogo à margem do arroio Miguelete (13 de maio), nas proximidades de Montevidéu, em um combate contra a cavalaria portuguesa. Um ano depois, foi designado cadete e, mais tarde, alferes do 3º Regimento de Cavalaria da primeira linha.
Rótulo de cigarros com litografia de Osório, que participou de todas as lutas ocorridas no sul do país desde 1825, distinguindo-se em Sarandi (1825), Passo do Rosário (1828), na Revolução Farroupilha(1835 - 1845) e na batalha de Monte Caseros (1852).
Em 1824, inscreveu-se na Escola Militar. Preparava-se para seguir os estudos militares quando sua inscrição foi anulada devido à guerra iminente no Sul do país. Teve de enfrentar nova campanha, na Guerra Cisplatina, entre 1825 e 1828. Em 12 de outubro de 1825, junto aoarroio Sarandi, sob o comando de Bento Manuel, o Alferes Osório combateu os orientais à testa de seus lanceiros e se destacou não apenas por ser o único oficial do seu esquadrão a sobreviver à batalha de Sarandi, mas também por salvar a vida de seu comandante, que proferiu: "Hei de legar-lhe, Alferes, a minha lança, porque a levará aonde tenho levado". A lança hoje pertence ao acervo do 3º RCGd- "Regimento Osório" - e é empunhada pelos seus comandantes em atividades festivas.
No início de 1827, Osório continuava em campanha na região de Santana do Livramento. Em 20 de fevereiro de 1827, na Batalha de Passo do Rosário (Ituzaingó), seus lanceiros foram o único corpo de tropa brasileira que não foi desbaratado durante a batalha. Em outubro, foi promovido a tenente e participou das conversações de paz com a desanexação da Cisplatina e reconhecimento da independência do Uruguai, acompanhando o General Lecór.
Firmada a paz, recolheu-se com seu regimento a Rio Pardo, onde passou a morar, consagrando-se à política pelo Partido Liberal. Em15 de outubro de 1835casou-se com a Sra. Francisca Fagundes, tendo como padrinho Emílio Mallet, que, posteriormente, lutaria a seu lado na Campanha da Tríplice Aliança. Em 1835, irrompia na província gaúcha a Guerra dos Farrapos, caracterizada por agitações separatistas que, por dez anos, ameaçou a unidade do Império. O tenente Osório, à época, servia o 2º Corpo de Cavalaria, na Vila deBagé, sob o comando do capitão Mazzaredo, que abandonou a praça e entregou-a aos farrapos. Osório conduziu seu superior até a fronteira e apresentou-se depois ao coronelBento Manuel Ribeiro.
De espírito liberal, Osório teve simpatia pela causa farroupilha, combatendo iniciando ao lado dos rebeldes, até a proclamação da República Rio-grandense (República de Piratini), em 1836, quando o movimento tomou feição separatista, o que ele não aceitou, motivo pelo qual integrou-se ao Exército Imperial, no qual permaneceu até o fim da revolta.[4]Participou, ainda, nos combates contra os rebeldes em Porto AlegreCaçapava e Erval. Tornou-se capitão em 1838 e major em 1842. Em 1844, solicitou a sua reforma, mas o Exército não querendo dispensá-lo, nomeou-o tenente-coronel. Auxiliou Caxias na feitura da paz de Poncho Verde, que se selou em 25 de fevereiro de 1845. Finda a Revolução Farroupilha, o imperador Dom Pedro II, ainda muito jovem, decidira visitar a Província com o fito de consolidar a paz firmada. Caxias confiou a Osório a delicada missão:
O 2º Regimento, reorganizado e adestrado pelo próprio Osorio, escoltar o Imperador através da campanha, desde a Vila de Cachoeira até São Gabriel, na ida e na volta
Litografia da Batalha de Monte Caseros, por Victor Meirelles (1832 - 1903). A figura central é o coronel Manoel Luís Osório, futuro marquês do Erval.
"Osorio, é o maior guasca da Província que mais naipes ganhou e louros colheu na batalha de Monte Caseros."
— Conde de Caxias, Comandante-em-Chefe do Exército Imperial.
Em 1851, Manuel Osório é enviado mais uma vez a Montevidéu em virtude de nova instabilidade na região do escoadouro do Prata, intervindo com seu regimento contra o presidente argentino Rosas e uruguaio Oribe (Guerra contra Oribe e Rosas1851 - 1852). Comotenente-coronel, comandou o Exército brasileiro que invadiu o Uruguai. Evidenciou-se ao derrotar o ditador Rosas na Batalha de Monte Caseros, ocorrida nos subúrbios de Buenos Aires em 3 de fevereiro de1852. Promovido a Coronel no campo de batalha, por merecimento, em 3 de março de 1852, esteve a servir, durante alguns anos, no Rio Grande do Sul.
No início de 1855, após breve instalação na guarnição do Jaguarão, Osório foi nomeado para comandar a fronteira de São Borja. Promovido a brigadeiro-graduado em dezembro de 1856, logo depois foi incumbido de organizar uma expedição para descobrir ricos ervais, entre os rios Pindaí e Sebolati, no Alto Uruguai. Bem sucedido na missão, veio a receber mais tarde o título nobiliárquico: marquês do Erval. Mais tarde, foi designado inspector de cavalaria do Norte do Brasil, onde permaneceu por pouco tempo.
As agressões de Solano Lopez ao Brasil e à Argentina motivaram, em 1865, a assinatura do Tratado da Tríplice Aliança (BrasilUruguai e Argentina) contra o Paraguai. Ao eclodir a Guerra da Tríplice Aliança (1864 - 1870), Osório era o militar de maior prestígio no Prata, tendo atuado ininterruptamente por 42 anos em campanhas sucessivas. Por conta disso, recebeu, em 1º de março de 1865, o comando do I Corpo do Exército Imperial, instalando seu quartel general em Paissandu. Por força do acordo da Tríplice Aliança, entretanto, o comando geral das operações foi entregue ao general argentino Bartolomé Mitre, com quem Osório nem sempre se entendia bem.
A Rendição de Uruguaiana, por Victor Meirelles (1832 -1903).
Em 8 de julho de 1865, é promovido a marechal-de-campo e participa da retomada de Uruguaiana. Em 18 de setembro, na presença de D. Pedro II, do Conde d'Eu e de vários oficiais-generais, dentre eles Osório e Caxias, ocorre a Rendição de Uruguaiana.
"É fácil a missão de comandar homens livres: basta mostrar-lhes o caminho do dever."
— trecho da Ordem do Dia, no Passo da Pátria, de 15 de abril de 1866.
No início de 1866, Osório estuda com Tamandaré a maneira de atravessar o Rio Paraná. Na noite do dia 16 de abril, a tropa brasileira (10.000 homens) realiza a passagem no local conhecido por Passo da Pátria, sendo Osório o primeiro a pisar no solo inimigo.
Em 2 de maio de 1866, participou do Combate de Estero Bellaco, uma depressão de terreno pela qual as águas do rio Paraná se unem às águas do Rio Paraguai, onde o inimigo passou a retardar as tropas aliadas, buscando melhor posição para combater. Esteve presente, em 24 de maio de 1866, na Batalha de Tuiuti, o maior combate travado na América do Sul, na qual teve importante papel ao comandar o centro do dispositivo militar do exército brasileiro contra o ataque paraguaio. Registrou na Ordem do Dia nº 56: "A glória é a mais preciosa recompensa dos bravos". Em 15 de julho de 1866, ainda em Tuiuti, os aliados aguardavam a chegada das forças do General Porto Alegre, enquanto o inimigo fustigava diariamente. Gravemente ferido na batalha de Tuiuti e insatisfeito com o longo período da tropa estacionada, Osório passa o comando das tropas brasileiras ao General Polidoro da Fonseca Quintanilha Jordão.
Manuel Luís Osório, marquês do Erval.
De julho desse ano a julho do ano seguinte, ficou no Rio Grande do Sul, reunindo novos contingentes para o Exército. Em 1º de junho de1867, é promovido a Tenente-General, penúltimo posto da hierarquia militar. Em 25 de julho, Osório retorna a vanguarda aliada, como comandante do III Corpo do Exército Imperial. Por essa época, o marechal-de-exército Luís Alves de Lima e Silva, então marquês de Caxias, encontrava-se como comandante das forças brasileiras no teatro de guerra. A relação entre ambos sempre foi boa e cordial já que eram amigos de longa data. Osório, inclusive, tomou parte no planejamento das operações contra a Fortaleza de Humaitá, que bloqueava o avanço das forças aliadas rumo a Assunção. No comando de suas tropas, Osório dirigiu a marcha de Tuiuti a Tuiu-Cuê, avançando contra as trincheiras e pontos fortes que circundavam Humaitá e a protegiam contra ataques. Em 25 de julho, Osório ocupa aFortaleza de Humaitá e substitui a bandeira abandonada pela bandeira brasileira, instalando ali a sede do 3º Corpo do Exército e sua nova base de operações.
Manuel Luís Osório na Batalha de Avaí.
Com o retorno da guerra de movimentos após a queda de Humaitá, Osório participou ainda das batalhas de Itororó e Avaí em dezembro de 1868. Nesta última, ao tomar toda a posição de artilharia inimiga, é alvejado na face por um inimigo de tocaia, fraturando o maxilar. Na ocasião, disse: "Coragem, camaradas! Acabem com este resto!". Para que seus soldados o supusessem no comando e não desanimassem, sua caleça vazia foi mantida à frente das tropas. Doente, Osório foi substituído pelo General Polidoro da Fonseca e regressou ao Brasil para recuperar do ferimento, não tendo sido possível presenciar a queda de Assunção, em janeiro de 1869.
Em 22 de março de 1868Gastão de Orléans, conde d'Eu, genro do Imperador D. Pedro II, é nomeado Comandante-chefe das forças em operação no Paraguai. A convite do novo comandante das forças brasileiras, Osório retorna ao Paraguai, assumindo, em 6 de junho, o 1º Corpo do Exército, estacionado em Piraju, para dar início à Campanha das Cordilheiras. O Conde D'Eu, um dos seus grandes admiradores, viria a tornar-se aliado de Osório nas incessantes batalhas pela modernização das Forças Armadas brasileiras ao longo da década de 1870[5].
Em 12 de agosto, deu-se o assalto e a captura das Fortificações de Peribebuí, defendidas por 1.500 homens e 15 bocas de fogo. No dia 24 de novembro de 1868, Osório deixa em definitivo a campanha, forçado pela piora de sua saúde.No retorno, na passagem por Montevidéu, recebe a notícia do falecimento de sua esposa.
Osório obteve o título de barão em maio de 1866 e o de visconde com grandeza em 1868. No ano seguinte, antes de findar a guerra, recebeu o título de marquês de Erval. Em agosto de 1871Deodoro da Fonseca entregou-lhe solenemente, emPorto Alegre, custosa espada de honra, uma obra prima de ourivesaria, cinzelada em ouro e ornada de brilhantes, custeada pelos oficiais comandados por Osório na guerra. Na lâmina, de aço, estavam gravadas as batalhas e combates em que Osório participara.
Rótulo de cigarros dedicados ao marquês do Erval.
Finda a Guerra, nas quatro primeiras décadas que se seguiram, a vitória na Batalha de Tuiuti, considerada a mais importante da campanha, foi a principal comemoração militar brasileira, sendo que nas comemorações, destacava-se como principal herói o general Osório.[6] Somente na década de 1920 o movimento militar resgatou a figura do Duque de Caxias como líder da Guerra do Paraguai.[7]Apesar de militar e político influente, atravessou a década de 1870, o último decênio de sua vida, sob a pressão de dívidas. [8]
Com a paz, em 11 de janeiro de 1877, Osório foi nomeado pela Princesa Isabel Senador do Império pela Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, sua terra natal. Em discurso no Senado, declara: "A farda não abafa o cidadão no peito do soldado". Apesar derepublicano em sua juventude, acabou por converter-se ao credo monarquista, tornando-se um dos seus mais ferrenhos defensores, como assim deixou claro ao barão de Cotegipe, em 15 de abril de 1879[5]:
Cquote1.svg[...] sou, de longa data, liberal monarquista, unionista do Império do Brasil. Não pense que vou para aRepública, nem para o despotismo; mas direi ao nobre senador, que em matéria de serviço público eu não indago o que são brasileiros na política, porém, sim, se cumprem o seu dever em bem da Pátria.Cquote2.svg
— Em sessão noSenado, poucos meses antes de falecer
Por decreto de 2 de junho de 1877, foi-lhe outorgada a patente de Marechal-de-Exército Graduado. Com a ascensão do Partido Liberal ao poder, Osório foi nomeado Ministro da Guerra no gabinete Sinimbu em 1878. Permaneceu no cargo até a sua morte, em 4 de outubro de 1879, no Rio de Janeiro - RJ, aos 71 anos de idade, doente com pneumonia.
Com o seu falecimento, seguido por de outros militares monarquistas fieis a dom Pedro II, como Luís Alves de Lima e Silva (duque de Caxias) e Polidoro da Fonseca Quintanilha Jordão (visconde de Santa Teresa), abriu espaço para uma nova geração de militares, que sofreram forte influência dos militares caudilhistas e insubordinados dos países vizinhos e que eram em sua maior parte indiferentes a Monarquia quando não opositores. Apesar de ter falecido dez anos antes do advento da República no Brasil, é possível saber sua opinião quanto aos atos de Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto (ambos veteranos da Guerra do Paraguai), que além de terem se insubordinado e traído o governo legal, tornaram-se também os dois primeiros presidentes e ditadores do país[5]:
Seria um desgraçado aquele que, depois de haver combatido com as armas da guerra o inimigo externo, pusesse depois essas mesmas armas ao serviço do despotismo, de perseguições e violência contra seus compatriotas.
Rótulo de cigarros dedicado ao General Osório.
O esquife com seus restos mortais, embalsamado, foi colocado na capela do Arsenal de Guerra, hoje destruído. Em 16 de novembro de1879, seus restos mortais foram levados para o Asilo dos Inválidos da Pátria, na Ilha do Bom Jesus da Coluna, onde permaneceram até o translado para a Igreja de Santa Cruz dos Militares, em 3 de dezembro de 1887. Em 21 de julho de 1892, seu corpo foi transferido para a cripta construída sob sua estátua equestre, fundida com o bronze de canhões tomados na Campanha da Tríplice aliança, na Praça XV de Novembro, no Rio de Janeiro. Finalmente, em 1º de dezembro de 1993, deu-se início ao solene translado dos restos mortais do Marechal Osório, passando pelos Municípios de PelotasRio Grande e Porto Alegre. Em 11 de dezembro, seu corpo foi depositado no jazigo nas proximidades da casa onde nasceu, já no interior do parque histórico.
Ao longo de sua vida foi agraciado com os títulos de barão do Erval (1 de maio de 1866), visconde do Erval (11 de abril de 1868) e demarquês do Erval (29 de dezembro de 1869). Foi casado com Francisca Fagundes, de quem teve quatro filhos: Fernando Luís Osório(1848-1896), Adolfo Luís Osório (1847-?), Manuela Luísa Osório (1851-1930) e Francisco Luís Osório (1854-1910)..